O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, afirmou que nenhum governo pode decidir sobre a seleção de um país (.)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2010 às 16h19.
Johanesburgo - A Fifa deu um ultimato de 48 horas à Nigéria para o cancelamento da suspensão de dois anos de sua seleção decretada pelo presidente do país, Goodluck Jonathan, anunciou nesta sexta-feira o secretário-geral da entidade, o francês Jerome Valcke.
"A Nigéria foi longe demais, e será suspensa se não mudar sua posição nas próximas 48 horas", declarou Valcke à rádio sul-africana "Talk Radio 702". A Fifa foi informada oficialmente na quarta-feira passada da decisão do presidente da Nigéria, que proibiu a seleção de entrar em campo nos próximos dois anos de todas as competições internacionais por seu fraco desempenho na Copa do Mundo da África do Sul, depois que a equipe foi eliminada na primeira fase conquistando apenas um ponto.
"Não podemos permitir que um Governo decida que todas as seleções de um país não possam jogar nenhum torneio internacional", explicou o secretário-geral da Fifa, que lembrou a necessidade de preservar a independência do futebol frente às ingerências políticas. "Somos 208 membros (da Fifa)", explicou Valcke, "e se um país for contra nossos estatutos, vai contra todo o sistema do futebol, a pirâmide do futebol se destrói".
O porta-voz da Fifa, Nicolas Maingot, lembrou na quinta-feira que os casos da Nigéria e da França - onde o Parlamento debateu a crise do futebol nacional - estavam "sendo analisados". "A Fifa tem uma posição muito clara. Quer preservar a independência dos órgãos futebolísticos, mas falar de sanções ainda é prematuro. Precisamos de tempo para analisar as situações".
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