Fidel: nova geração deve fazer retificações por socialismo
Ex-presidente cubano se impressionou com o preparo e o nível cultural dos novos líderes políticos
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 11h40.
Havana - O ex-presidente cubano Fidel Castro disse nesta segunda-feira que a nova geração de políticos, que no futuro dirigirá o Partido Comunista de Cuba (PCC), deverá retificar "tudo o que deve ser retificado" para continuar construindo o socialismo.
"A nova geração deve retificar e mudar tudo o que deve ser retificado e mudado para continuar demonstrando que o socialismo é também a arte de realizar o impossível: construir e realizar a revolução dos humildes", escreve Fidel em um novo artigo divulgado nesta segunda-feira.
Na última de suas reflexões, Fidel afirma que está acompanhando os debates da convenção do PCC e se declara admirado com o preparo e o "elevado nível cultural" desta nova geração, que, segundo ele, é "tão diferente da que se alfabetizava precisamente em 1961, quando os aviões ianques de bombardeio, nas mãos de mercenários, atacavam a pátria", em referência à invasão da Baía dos Porcos.
"Estavam tão preparados e seu vocabulário era tão rico que eu quase não os entendia", escreve o ex-presidente cubano, de 84 anos.
Fidel considera que a tarefa da nova geração "é ainda mais difícil" que a assumida pela sua quando o socialismo foi proclamando em Cuba há 50 anos "a 90 milhas (cerca de 145 quilômetros) dos Estados Unidos".
"Persistir nos princípios revolucionários é, a meu julgamento, o principal legado que podemos deixar-lhe (à nova geração). Não há margem para o erro neste momento da história humana", afirma.
Ele acrescenta que a direção do PCC "deve ser a soma dos melhores talentos políticos" e ser "capaz de enfrentar a política do império que põe em risco a espécie humana e gera gansters como os da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), capazes de lançar em apenas 29 dias (...) mais de quatro mil missões de bombardeio sobre uma nação da África".
Também ressalta que outro dever da nova geração de revolucionários é "ser um modelo de dirigentes modestos, estudiosos e incansáveis defensores do socialismo".
"Sem dúvida constitui um difícil desafio na época bárbara das sociedades de consumo superar o sistema de produção capitalista, que fomenta e promove os instintos egoístas do ser humano", afirma.
O 6º Congresso do PCC dá continuidade nesta segunda-feira a seus debates sobre o plano de reformas econômicas projetado pelo presidente Raúl Castro para atualizar o modelo socialista.
A reunião, que terminará na terça-feira, deve realizar também a nomeação de políticos para seus órgãos de direção, inclusive a escolha do primeiro-secretário, ao qual Fidel Castro renunciou.
Está previsto que essa renúncia seja formalizada e que Raúl Castro, o segundo secretário do PCC, passe a substituir seu irmão no principal cargo da legenda.
Havana - O ex-presidente cubano Fidel Castro disse nesta segunda-feira que a nova geração de políticos, que no futuro dirigirá o Partido Comunista de Cuba (PCC), deverá retificar "tudo o que deve ser retificado" para continuar construindo o socialismo.
"A nova geração deve retificar e mudar tudo o que deve ser retificado e mudado para continuar demonstrando que o socialismo é também a arte de realizar o impossível: construir e realizar a revolução dos humildes", escreve Fidel em um novo artigo divulgado nesta segunda-feira.
Na última de suas reflexões, Fidel afirma que está acompanhando os debates da convenção do PCC e se declara admirado com o preparo e o "elevado nível cultural" desta nova geração, que, segundo ele, é "tão diferente da que se alfabetizava precisamente em 1961, quando os aviões ianques de bombardeio, nas mãos de mercenários, atacavam a pátria", em referência à invasão da Baía dos Porcos.
"Estavam tão preparados e seu vocabulário era tão rico que eu quase não os entendia", escreve o ex-presidente cubano, de 84 anos.
Fidel considera que a tarefa da nova geração "é ainda mais difícil" que a assumida pela sua quando o socialismo foi proclamando em Cuba há 50 anos "a 90 milhas (cerca de 145 quilômetros) dos Estados Unidos".
"Persistir nos princípios revolucionários é, a meu julgamento, o principal legado que podemos deixar-lhe (à nova geração). Não há margem para o erro neste momento da história humana", afirma.
Ele acrescenta que a direção do PCC "deve ser a soma dos melhores talentos políticos" e ser "capaz de enfrentar a política do império que põe em risco a espécie humana e gera gansters como os da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), capazes de lançar em apenas 29 dias (...) mais de quatro mil missões de bombardeio sobre uma nação da África".
Também ressalta que outro dever da nova geração de revolucionários é "ser um modelo de dirigentes modestos, estudiosos e incansáveis defensores do socialismo".
"Sem dúvida constitui um difícil desafio na época bárbara das sociedades de consumo superar o sistema de produção capitalista, que fomenta e promove os instintos egoístas do ser humano", afirma.
O 6º Congresso do PCC dá continuidade nesta segunda-feira a seus debates sobre o plano de reformas econômicas projetado pelo presidente Raúl Castro para atualizar o modelo socialista.
A reunião, que terminará na terça-feira, deve realizar também a nomeação de políticos para seus órgãos de direção, inclusive a escolha do primeiro-secretário, ao qual Fidel Castro renunciou.
Está previsto que essa renúncia seja formalizada e que Raúl Castro, o segundo secretário do PCC, passe a substituir seu irmão no principal cargo da legenda.