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Festival de Avignon fica livre de greve na abertura

Oitenta por cento dos funcionários foram a favor de retirar a ameaça de greve para a noite de abertura, em uma votação nesta terça-feira

Avignon: Festival de Avignon abre na sexta-feira com "O Príncipe de Homburg" (Creative Commons)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 14h35.

Marselha - Trabalhadores do Festival de Avignon aprovaram a abertura do renomado evento de artes e teatro na sexta-feira, disse um representante do sindicato, enquanto greves ameaçam festivais de verão em outros lugares na França.

Oitenta por cento dos funcionários foram a favor de retirar a ameaça de greve para a noite de abertura, em uma votação nesta terça-feira, mas deixaram a porta aberta para uma ação futura durante as performances, disse Catherine Lecoq, a funcionária do sindicato na região.

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Festivais de verão da França atraem centenas de milhares de visitantes, como o de Avignon e o de Ópera de Aix-en-Provence - ambos cancelados em 2003, durante uma greve.

Artistas, técnicos e outros trabalhadores informais no mundo das artes francesas estão há meses ameaçando impedir a realização dos festivais de verão mais importantes do país, em protesto contra cortes nos seus programas de seguro-desemprego.

O Festival de Avignon abre na sexta-feira com "O Príncipe de Homburg", do autor alemão Heinrich von Kleist, apresentado no pátio do imponente Palácio Papal da cidade.

A ministra da Cultura, Aurélie Filipetti, exortou os trabalhadores em greve na segunda-feira a garantir que os festivais sejam realizados, ressaltando que as negociações estavam em andamento sobre um novo regime de seguro-desemprego.

Cerca de 100 mil trabalhadores de festivais da França têm direitos especiais na obtenção de benefícios por desemprego, o que drena recursos do fundo de desemprego Unedic.

Embora eles representem apenas 3,5 por cento dos candidatos a emprego, o seguro-desemprego é duas vezes maior para eles do que para a média dos trabalhadores e é responsável por um quarto do déficit orçamentário de 4 bilhões de euros.

Mas os trabalhadores de festivais - conhecidos como "intermitentes" - há muito tempo recusam alterações nos acordos, argumentando que são vitais para a cultura francesa, e afirmam que reformas definidas em março vão tornar impossível a sobrevivência de muitos deles.

De acordo com as reformas elaboradas em março, funcionários de festivais terão que fazer maiores contribuições à Previdência e precisarão esperar mais tempo após o final de cada trabalho temporário antes de poder receber benefícios.

Greves esporádicas já ocorreram em Paris e Montpellier, causando cancelamentos de eventos de teatro e música. O primeiro-ministro Manuel Valls nomeou um mediador para tentar resolver a crise com a apresentação de propostas nas próximas semanas.

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