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Ferguson tem dia de calma depois de 2 noites de violência

Protestos também minguaram em outras partes dos Estados Unidos, já que o feriado de Ação de Graças e o tempo frio seguraram muitas pessoas em casa

Polícia e manifestantes se enfrentam em Los Angeles, nos Estados Unidos (Lucy Nicholson/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 18h07.

Ferguson - As tensões diminuíram na cidade norte-americana de Ferguson, em St. Louis, nesta quinta-feira, depois de duas noites de violência e saques desencadeados pela revolta de cunho racial decorrente da decisão de um tribunal local de não indiciar um policial branco por matar a tiros um adolescente negro desarmado.

Os protestos também minguaram em outras partes dos Estados Unidos, já que o feriado de Ação de Graças e o tempo frio seguraram muitas pessoas em casa.

Mas na Califórnia, cerca de 500 pessoas foram presas nos últimos dois dias em manifestações que fecharam estradas em grandes cidades.

Ferguson se tornou o cerne de uma discussão nacional sobre as relações raciais desde que o policial Darren Wilson matou Michael Brown no dia 9 de agosto.

O Departamento de Justiça dos EUA está investigando possíveis abusos de direitos civis, e o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu reflexão sobre as dificuldades que as minorias enfrentam no país.

A polícia afirmou que duas pessoas foram presas em protestos de quarta para quinta-feira em Ferguson e que não foram registrados grandes incidentes.

A decisão do tribunal, na segunda-feira, de não julgar Wilson levou a manifestações violentas, e mais de 100 pessoas foram postas sob custódia nas noites de segunda e terça-feira, quando edifícios foram incendiados e lojas saqueadas e a polícia usou equipamentos de tropa de choque e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

Uma congregação pequena mas animada se reuniu na igreja Greater St. Mark Family, ponto de encontro de manifestantes e líderes religiosos, para uma cerimônia de Ação de Graças durante a qual muitos mostraram gratidão por suas bênçãos após uma semana tumultuada.

“Estou rezando pela família Brown. Também estou rezando pela família Wilson”, afirmou o pastor Tommie Pierson. “Vivemos em um país de leis. Mas tem que haver uma lei que governe a todos nós”.

Ferguson é uma cidade predominantemente negra onde quase todos os líderes políticos e policiais são brancos.

Em Los Angeles, cerca de 145 manifestantes foram detidos na noite de quarta-feira. A maioria foi posta sob custódia por se recusar a se dispersar, disse o porta-voz da polícia, o comandante Andrew Smith, nesta quinta-feira.

As prisões mais recentes elevam para 300 o total de pessoas detidas em Los Angeles em protestos relacionados à decisão judicial. Cerca de 170 foram presas em manifestações em Oakland.

Em Nova York, manifestantes revoltados com o veredicto em Ferguson declararam em mídias sociais que iriam interromper o desfile do dia de Ação de Graças por Manhattan. Pelo menos sete pessoas foram presas durante o evento, informou a detetive Annette Markowski.

Em Ferguson, pontos comerciais foram cobertos por tábuas ou incendiados em um trecho de mais de um quilômetro e meio ao longo da avenida West Florissant, local mais atingido pelos tumultos, e nas ruas do centro entre o departamento de polícia e a prefeitura.

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Ferguson - As tensões diminuíram na cidade norte-americana de Ferguson, em St. Louis, nesta quinta-feira, depois de duas noites de violência e saques desencadeados pela revolta de cunho racial decorrente da decisão de um tribunal local de não indiciar um policial branco por matar a tiros um adolescente negro desarmado.

Os protestos também minguaram em outras partes dos Estados Unidos, já que o feriado de Ação de Graças e o tempo frio seguraram muitas pessoas em casa.

Mas na Califórnia, cerca de 500 pessoas foram presas nos últimos dois dias em manifestações que fecharam estradas em grandes cidades.

Ferguson se tornou o cerne de uma discussão nacional sobre as relações raciais desde que o policial Darren Wilson matou Michael Brown no dia 9 de agosto.

O Departamento de Justiça dos EUA está investigando possíveis abusos de direitos civis, e o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu reflexão sobre as dificuldades que as minorias enfrentam no país.

A polícia afirmou que duas pessoas foram presas em protestos de quarta para quinta-feira em Ferguson e que não foram registrados grandes incidentes.

A decisão do tribunal, na segunda-feira, de não julgar Wilson levou a manifestações violentas, e mais de 100 pessoas foram postas sob custódia nas noites de segunda e terça-feira, quando edifícios foram incendiados e lojas saqueadas e a polícia usou equipamentos de tropa de choque e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

Uma congregação pequena mas animada se reuniu na igreja Greater St. Mark Family, ponto de encontro de manifestantes e líderes religiosos, para uma cerimônia de Ação de Graças durante a qual muitos mostraram gratidão por suas bênçãos após uma semana tumultuada.

“Estou rezando pela família Brown. Também estou rezando pela família Wilson”, afirmou o pastor Tommie Pierson. “Vivemos em um país de leis. Mas tem que haver uma lei que governe a todos nós”.

Ferguson é uma cidade predominantemente negra onde quase todos os líderes políticos e policiais são brancos.

Em Los Angeles, cerca de 145 manifestantes foram detidos na noite de quarta-feira. A maioria foi posta sob custódia por se recusar a se dispersar, disse o porta-voz da polícia, o comandante Andrew Smith, nesta quinta-feira.

As prisões mais recentes elevam para 300 o total de pessoas detidas em Los Angeles em protestos relacionados à decisão judicial. Cerca de 170 foram presas em manifestações em Oakland.

Em Nova York, manifestantes revoltados com o veredicto em Ferguson declararam em mídias sociais que iriam interromper o desfile do dia de Ação de Graças por Manhattan. Pelo menos sete pessoas foram presas durante o evento, informou a detetive Annette Markowski.

Em Ferguson, pontos comerciais foram cobertos por tábuas ou incendiados em um trecho de mais de um quilômetro e meio ao longo da avenida West Florissant, local mais atingido pelos tumultos, e nas ruas do centro entre o departamento de polícia e a prefeitura.

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