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Fed rebaixa projeções para a economia dos EUA

Para o Fed, o PIB dos EUA deverá crescer de 3% a 3,6% em 2011, depois de uma expansão de cerca de 2,5% neste ano

A inflação baixa e a alta taxa de desemprego levaram o Fed a retomar o programa de recompras de títulos do Tesouro (AFP/Arquivo  Karen Bleier/EXAME.com)

A inflação baixa e a alta taxa de desemprego levaram o Fed a retomar o programa de recompras de títulos do Tesouro (AFP/Arquivo Karen Bleier/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 17h13.

Os integrantes do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) rebaixaram suas projeções para o desempenho da economia dos EUA na reunião de 2 e 3 de novembro. Nesse encontro, eles debateram os custos e os benefícios das novas medidas de estímulo à economia.

A ata da reunião mostra que os dirigentes do Fed esperam que a economia cresça num ritmo moderado em 2011, que o desemprego continue elevado e a inflação permaneça abaixo do que é tradicionalmente visto como a meta informal da instituição. Para o Fed, o PIB dos EUA deverá crescer de 3% a 3,6% em 2011, depois de uma expansão de cerca de 2,5% neste ano; a projeção anterior, de junho, era de que o PIB crescesse de 3,5% a 4,2% em 2011. Nos trimestres que se seguiram à recessão encerrada em junho do ano passado, a média anual de crescimento tem sido inferior a 3,0%.

Segundo a ata, "os participantes concordaram que o progresso na redução do desemprego foi decepcionante". Para o dirigentes do Fed, a taxa de desemprego, atualmente em 9,6%, deverá ficar em torno de 9,0% no fim de 2011; a projeção anterior, de junho, era que a taxa de desemprego ficaria em torno de 8,5% no quarto trimestre do próximo ano.

A inflação, medida pelo núcleo do índice de preços dos gastos com consumo (PCE), deverá ficar abaixo dos 2%, considerados a meta informal do Fed, até o fim de 2013.

A inflação baixa e a alta taxa de desemprego levaram o Fed a retomar o programa de recompras de títulos do Tesouro que havia sido usada para combater a crise financeira. A ata mostra que, embora a medida tenha sido aprovada com 10 votos a favor e apenas um contra, vários integrantes do Fomc mostraram preocupações quanto às suas consequências. "Alguns participantes notaram preocupações de que uma expansão adicional do balanço patrimonial do Federal Reserve possa trazer uma indesejada pressão baixista no valor do dólar nos mercados de moedas", diz a ata. Vários participantes da reunião viram um risco de que o afrouxamento quantitativo da política monetária pudesse "causar uma elevação indesejavelmente alta da inflação".

Segundo a ata, os dirigentes do Fed realizaram uma videoconferência duas semanas antes da reunião formal de 2 e 3 de novembro, na qual eles debateram questões como o estabelecimento de metas de inflação e as taxas de juro de longo prazo. Nenhuma decisão foi tomada nessa videoconferência. As informações são da Dow Jones.

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