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FBI investiga se banqueiro russo pagou à NRA para apoiar Trump

As investigações apontam para Alexander Torshin, vice-governador do Banco Central da Rússia

FBI: o financiamento de campanhas eleitorais por estrangeiros é ilegal (Jim Lo Scalzo/Reuters)

FBI: o financiamento de campanhas eleitorais por estrangeiros é ilegal (Jim Lo Scalzo/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 17h54.

Washington - O FBI investiga se um banqueiro russo financiou ilegalmente a Associação Nacional do Rifle (NRA) para apoiar a campanha do agora presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas eleições presidenciais de 2016.

As investigações apontam para Alexander Torshin, vice-governador do Banco Central da Rússia. Ele é próximo do presidente do país, Vladimir Putin, e da própria NRA, de acordo com fontes com conhecimento do caso ouvidas pelo jornal "McClatchy".

O financiamento de campanhas eleitorais por estrangeiros é ilegal. Por isso, o FBI investiga se o banqueiro russo usou a organização para apoiar Trump. O jornal não conseguiu obter informações se há provas de repasses de dinheiro para a NRA.

A NRA gastou US$ 55 milhões nas eleições de 2016, um recorde. Do total, US$ 30 milhões foram gastos para ajudar Trump a chegar à Casa Branca, um valor três vezes maior que o investido pela organização no candidato republicano em 2012, Mitt Romney.

A maior parte do dinheiro foi gasto por uma espécie de filial da NRA que não precisa revelar a identidade de seus doares.

Segundo a "Bloomberg", a Espanha também investiga Torshin, ex-senador da Rússia, em atividades de lavagem de dinheiro.

Durante a campanha, Trump defendeu em reiteradas oportunidades o direito de portar armas no país. Em um de seus comícios, o presidente afirmou que os oito anos de luta contra esse direito chegavam a um "final estrondoso". O período citado era uma referência aos dois mandatos de seu sucessor, Barack Obama.

As informações podem ser anexadas às investigações feitas pelo promotor especial Robert Mueller, que apura se houve coordenação entre o governo da Rússia e a campanha de Trump em 2016.

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