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FBI abre investigação sobre ações da News Corp. nos EUA

Empresa é acusada de interceptar ligações de vítimas dos atentados de 11 de setembro

Sede do FBI, em Washington: congressistas pediram investigação da News Corp. (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 18h05.

Nova York - O FBI (polícia federal americana) informou nesta quinta-feira que abriu uma investigação para determinar se o gigante das comunicações News Corporation, envolvido na polêmica de escutas telefônicas do jornal "News of the World", cometeu alguma atividade ilegal nos Estados Unidos.

"Estamos cientes das acusações e o FBI abriu uma investigação para estudá-las", confirmou nesta quinta-feira à Agência Efe uma porta-voz da polícia federal americana em Nova York.

Ela preferiu não detalhar, no entanto, se as investigações buscam determinar se os jornais do conglomerado interceptaram celulares de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001.

A pressão por investigar as práticas de imprensa da News Corporation nos EUA tornou-se mais forte na terça-feira após um discurso do influente senador democrata Jay Rockefeller, da Virgínia Ocidental.

Rockefeller havia pedido às autoridades americanas que investigassem a empresa do magnata Rupert Murdoch para verificar se a privacidade de cidadãos americanos teria sido violada.

"As supostas escutas dos periódicos da News Corporation contra uma gama de indivíduos, inclusive crianças, são ofensivas e uma grave transgressão da ética jornalística", disse Rockefeller em suas declarações, referentes aos supostos grampos ilegais do jornal britânico "News of the World" a personalidades do Reino Unido.


O mesmo pedido de investigação foi feito quarta-feira pelo congressista republicano Peter King, que solicitou em carta ao FBI para se averiguar se a News Corp. usou grampos ilegais nas caixas de mensagem de voz das vítimas do 11-9.

"De acordo com relatórios recentes, jornalistas que trabalhavam para o 'News of the World' solicitaram a um policial de Nova York o acesso aos arquivos telefônicos das vítimas do 11 de Setembro", destacou o parlamentar na carta.

King afirmou que aqueles que faziam esse "jornalismo amarelo" tentaram violar a privacidade dos que sofreram os ataques terroristas por meio de "subornos" e "escutas não autorizadas".

A pressão dos dois políticos levou finalmente ao início da investigação do FBI, que ocorre no mesmo dia em que se divulga que Murdoch e seu filho, James Murdoch, irão depor na próxima terça-feira em uma comissão do Parlamento britânico para falar sobre o caso dos grampos ilegais praticados por seus jornais.

No Reino Unido, a espionagem jornalística cometida pelo "News of the World" - que publicou sua última edição no domingo passado -, gerou um escândalo após as revelações de que as escutas teriam afetado personalidades como a rainha Elizabeth e o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown.

O incidente foi descoberto em 2007 em uma investigação interna do grupo News International - subsidiária da News Corp. -, de Rupert Murdoch, proprietário do tabloide, mas só em junho passado essa informação foi revelada à Polícia.

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Nova York - O FBI (polícia federal americana) informou nesta quinta-feira que abriu uma investigação para determinar se o gigante das comunicações News Corporation, envolvido na polêmica de escutas telefônicas do jornal "News of the World", cometeu alguma atividade ilegal nos Estados Unidos.

"Estamos cientes das acusações e o FBI abriu uma investigação para estudá-las", confirmou nesta quinta-feira à Agência Efe uma porta-voz da polícia federal americana em Nova York.

Ela preferiu não detalhar, no entanto, se as investigações buscam determinar se os jornais do conglomerado interceptaram celulares de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001.

A pressão por investigar as práticas de imprensa da News Corporation nos EUA tornou-se mais forte na terça-feira após um discurso do influente senador democrata Jay Rockefeller, da Virgínia Ocidental.

Rockefeller havia pedido às autoridades americanas que investigassem a empresa do magnata Rupert Murdoch para verificar se a privacidade de cidadãos americanos teria sido violada.

"As supostas escutas dos periódicos da News Corporation contra uma gama de indivíduos, inclusive crianças, são ofensivas e uma grave transgressão da ética jornalística", disse Rockefeller em suas declarações, referentes aos supostos grampos ilegais do jornal britânico "News of the World" a personalidades do Reino Unido.


O mesmo pedido de investigação foi feito quarta-feira pelo congressista republicano Peter King, que solicitou em carta ao FBI para se averiguar se a News Corp. usou grampos ilegais nas caixas de mensagem de voz das vítimas do 11-9.

"De acordo com relatórios recentes, jornalistas que trabalhavam para o 'News of the World' solicitaram a um policial de Nova York o acesso aos arquivos telefônicos das vítimas do 11 de Setembro", destacou o parlamentar na carta.

King afirmou que aqueles que faziam esse "jornalismo amarelo" tentaram violar a privacidade dos que sofreram os ataques terroristas por meio de "subornos" e "escutas não autorizadas".

A pressão dos dois políticos levou finalmente ao início da investigação do FBI, que ocorre no mesmo dia em que se divulga que Murdoch e seu filho, James Murdoch, irão depor na próxima terça-feira em uma comissão do Parlamento britânico para falar sobre o caso dos grampos ilegais praticados por seus jornais.

No Reino Unido, a espionagem jornalística cometida pelo "News of the World" - que publicou sua última edição no domingo passado -, gerou um escândalo após as revelações de que as escutas teriam afetado personalidades como a rainha Elizabeth e o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown.

O incidente foi descoberto em 2007 em uma investigação interna do grupo News International - subsidiária da News Corp. -, de Rupert Murdoch, proprietário do tabloide, mas só em junho passado essa informação foi revelada à Polícia.

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