Repórter
Publicado em 17 de novembro de 2025 às 21h32.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, 17, que apoia medidas mais agressivas contra cartéis de drogas no México e na Colômbia.
A declaração ocorre no contexto de intensificação das operações navais norte-americanas após uma série de ataques a pequenas embarcações no Caribe e no Pacífico.
Trump autorizou ações de interdição mais enérgicas e ampliou os poderes das forças armadas para desativar ou afundar embarcações suspeitas de transportar narcóticos, informou a agência Reuters.
Durante um evento no Salão Oval, ao ser questionado sobre possíveis ações terrestres no México, Trump respondeu que apoiaria a iniciativa. “Para mim, tudo bem, faremos o que for preciso para acabar com as drogas”, afirmou.
Embora não tenha anunciado qualquer intervenção militar direta, Trump mencionou a possibilidade de atacar laboratórios de cocaína na Colômbia. “Eu destruiria essas fábricas? Teria orgulho de fazer isso pessoalmente”, declarou. “Não disse que vou fazer isso, mas teria orgulho de fazer porque vamos salvar milhões de vidas.”
As declarações do presidente contrastam com as falas recentes do Secretário de Estado, Marco Rubio, que, na semana anterior, descartou uma intervenção militar no México. De acordo com Rubio, a cooperação entre os dois países atingiu nível mais alto e permanece baseada em apoio logístico, como fornecimento de equipamentos, treinamentos e troca de informações, desde que solicitado pelo governo mexicano.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, reafirmou neste mês que não haverá ações unilaterais dos Estados Unidos em território mexicano, após relatos de que autoridades norte-americanas iniciaram o planejamento de uma nova missão anti cartel, com possível envio de tropas e agentes de inteligência ao país.
As declarações de Trump também ampliam o atrito com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Em outubro, os Estados Unidos impuseram sanções ao governo colombiano, após Trump acusar Petro de omissão no combate ao tráfico de cocaína com destino ao território norte-americano.
Na semana passada, Petro ordenou a suspensão do compartilhamento de dados entre as forças de segurança da Colômbia e as agências de inteligência dos EUA. A decisão se seguiu às ações de interdição naval conduzidas pelos norte-americanos no Caribe.