MAURICIO MACRI: no dia em que discursou no Congresso, presidente argentino foi acusado de tentar beneficiar aliados do Grupo Macri /
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2017 às 18h57.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h34.
Macri acusado
O presidente argentino Mauricio Macri e outros membros de seu gabinete foram acusados de tráfico de influência nesta quarta-feira, por irregularidades em contratos com a empresa aérea Avianca. Segundo a Justiça, a empresa teria sido beneficiada por ser próxima ao Grupo Macri. Além do presidente, seu pai, Franco Macri — fundador do grupo — também será investigado. Não é a primeira denúncia que respinga em Macri: seu chefe de gabinete, Gustavo Arribas, é acusado de ter recebido dinheiro da empreiteira brasileira Odebrecht.
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Pausa no Brexit
Ao votar uma lei que autorizaria a premiê britânica Theresa May a iniciar as negociações para o Brexit (processo de saída da União Europeia), o Parlamento do Reino Unido adicionou uma emenda que exige que o governo proteja os direitos dos cidadãos europeus vivendo em território britânico. A votação aconteceu na Casa dos Lordes, o análogo britânico do Senado, e representa uma derrota para a premiê Theresa May. Agora, antes de receber permissão para iniciar o Brexit, May terá de publicar propostas para garantir os direitos dos 3 milhões de europeus vivendo no Reino Unido. O governo se disse “desapontado” com a Câmara dos Lordes.
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Merkel vs. Erdogan
A chanceler alemã Angela Merkel vem sendo pressionada para banir do país o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, por conta de um jornalista alemão que está preso na Turquia. Deniz Yücel, correspondente do jornal alemão Die Welt, foi preso no mês passado como parte das medidas restritivas de Erdogan contra a imprensa após o presidente turco ser vítima de uma tentativa de golpe militar em julho do ano passado.
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Desarmamento das FARC
Os membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia começaram a destruir suas armas, sob supervisão da ONU. A data foi estipulada num acordo de paz assinado entre a guerrilha e o governo colombiano em novembro do ano passado. Nas últimas semanas, as tropas das FARC começaram a se retirar de seus acampamentos e a se alocar em áreas destinadas à transição antes de voltarem à sociedade. Em seu Twitter, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, classificou o desarmamento como uma “notícia histórica”. O líder das Farc, Rodrigo “Timochenko” Londono, disse que os rebeldes estão abandonando as armas “com entusiasmo”.
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Fillon: “assassinato político”
O candidato conservador à presidência da França, François Fillon, disse que foi convocado pela Justiça a prestar esclarecimentos sobre as acusações de que sua mulher teria recebido salários como sua assistente parlamentar sem ter de fato trabalhado. Fillon voltou a dizer que a esposa, Penelope, atuou como sua assistente parlamentar, disse que vai continuar na corrida presidencial e alega estar sendo vítima de um “assassinato político”. A pesquisa de opinião mais recente, divulgada pela OpinionWay na terça-feira, mostra Fillon com 21% dos votos no primeiro turno, bem abaixo dos mais de 30% que ele tinha em novembro, antes do escândalo estourar. Já o centrista Emmanuel Macron tem 24%, colado na ultraconservadora Marine Le Pen, que tem 25%. A pesquisa aponta que tanto Fillon quanto Macron venceriam Le Pen no segundo turno.
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Síria: ninguém é inocente
Uma investigação da ONU sobre a guerra civil na Síria concluiu que tanto o governo do presidente Bashar al-Assad quanto os rebeldes cometeram crimes de guerra. O relatório aponta que Assad e seus aliados russos “usaram perversamente” munição para bombardear áreas densamente povoadas da cidade de Alepo — embora o relatório não tenha conseguido precisar quais bombas vieram do governo sírio e quais vieram da Rússia. Pelo lado dos rebeldes, a ONU acusa os combatentes de terem atirado “sem alvo específico” e usado civis como “escudos humanos” para se defender. Representantes rebeldes e do governo sírio seguem reunidos para conversas de paz intermediadas pela ONU na cidade de Genebra.
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Realidade virtual: agora vai?
O Facebook anunciou uma redução de 200 dólares no preço do kit que acompanha seu óculos de realidade virtual, o Oculus. Quem comprar o pacote todo (que contém óculos, controles e fones de ouvido) pagará agora 598 dólares, ante os 798 anteriores. O objetivo é aumentar a base de usuários e popularizar o produto, sobretudo entre os jogadores de videogame. A startup Oculus foi comprada pelo Facebook em 2014 por 2 bilhões de dólares, e o presidente e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que gastaria 500 milhões para desenvolver games e softwares de realidade virtual.