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Farc se comprometem a retomar acordo sobre entrega de menores

Em setembro, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) recebeu os primeiros oito menores

Farc: o governo elevou a 170 o número de menores que fazem parte da guerrilha (Luis Robayo/AFP/AFP)

Farc: o governo elevou a 170 o número de menores que fazem parte da guerrilha (Luis Robayo/AFP/AFP)

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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 13h32.

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se comprometeram a retomar a entrega de todos os menores que se encontram em suas fileiras, informou nesta quarta-feira o Alto Comissário para a Paz, Sergio Jaramillo.

Depois de uma reunião entre negociadores do governo e da guerrilha na remota região dos Llanos del Yarí, no sul do país, "ficou estabelecido o compromisso das Farc, e em particular de (o número três da guerrilha, Félix Antonio Muñoz, conhecido como) "Pastor Alape", de reiniciar a entrega dos menores", disse Jaramillo nesta quarta-feira em entrevista coletiva.

"Em breve a guerrilha nos informará os locais para que se estabeleçam os pontos de recepção dos menores, como foi acordado em maio do ano passado", explicou o Alto Comissário.

No último dia 15 de maio, as equipes negociadoras do governo e as Farc firmaram um acordo para retirar todos os menores de idade das fileiras da guerrilha e facilitar sua reintegração à vida civil, o que ficou consignado no acordo final de paz assinado em 24 de novembro em Bogotá.

Em setembro, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) recebeu os primeiros oito menores.

Em seguida, o organismo realizou uma avaliação preliminar do estado de saúde física e mental das crianças, verificou suas identidades e sua informação pessoal básica e os entregou a uma equipe de recepção formada por representantes do Unicef.

Superada essa fase, os menores receberão atividades preparatórias para sua reincorporação, reparação integral e inclusão social.

Até o momento não existe uma estimativa oficial de quantos menores de idade estão incorporados às Farc como guerrilheiros, mas em maio do ano passado o chefe negociador da guerrilha, Luciano Marín Arango, conhecido como "Ivan Márquez", disse que 21 jovens de 15 anos estavam em seus acampamentos.

No entanto, o governo elevou a 170 o número de menores que fazem parte da guerrilha.

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