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Farc relutam em entregar menores guerrilheiros, diz governo

Em maio, as equipes de negociação e das Farc firmaram um acordo para retirar todos os menores da guerrilha e facilitar a reintegração à vida civil

Farc: "Haverá uma reunião para retomar o trabalho sobre os menores e para que haja um compromisso das Farc de libertar os com menos de 15 anos" (John Vizcaino/Reuters)

Farc: "Haverá uma reunião para retomar o trabalho sobre os menores e para que haja um compromisso das Farc de libertar os com menos de 15 anos" (John Vizcaino/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 15h45.

Bogotá - O Alto Comissário para a Paz da Colômbia, Sergio Jaramillo, disse nesta quinta-feira que o governo espera que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) cumpram o compromisso de libertar os menores de idade que fazem parte do grupo e que não saíram por falta de vontade da guerrilha.

"Os outros menores das Farc não saíram simplesmente porque as Farc não quiseram", disse Jaramillo ao fazer um balanço do processo nas zonas transitórias de normalização, onde os guerrilheiros se reunirão antes de voltarem à vida civil.

"Haverá uma reunião para retomar o trabalho sobre os menores e para que haja um compromisso das Farc de libertar os com menos de 15 anos, apesar do que realmente deve ocorrer é a saída de todos os menores de 18 anos", explicou o alto comissário.

No último dia 15 de maio, as equipes de negociação do governo e das Farc firmaram um acordo para retirar todos os menores da guerrilha e facilitar a reintegração à vida civil, o que foi confirmado no pacto de paz assinado em 24 de novembro, em Bogotá.

No dia 10 de setembro, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) recebeu os primeiros oito menores.

Na sequência, o órgão realizou uma avaliação preliminar do estado de saúde física e mental das crianças, verificou identidades e os entregou a uma equipe de recepção formada por representantes do Unicef.

Superada essa fase, os menores receberão atividades preparatórias para sua reincorporação, reparação integral e inclusão social.

"Atualmente, são 13 os menores desmobilizados que estão filiados a saúde, sete deles estudando e seis em processo de se inscrever para estudar", explicou a conselheira presidencial para os direitos humanos, Paula Gaviria.

Até o momento, não existe uma estimativa oficial de quantos menores de idade estão ligados às Farc como guerrilheiros.

Em maio do ano passado, o chefe de negociação do grupo, Ivan Márquez, afirmou que eram 21 crianças. O governo da Colômbia, porém, elevou o número para 170.

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