FAO pede práticas sustentáveis para assegurar produção
O livro "Economizar para crescer" propõe um modelo de agricultura que aumenta o rendimento dos cereais básicos e sua qualidade nutricional
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 10h52.
Roma - A Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pediu nesta segunda-feira práticas mais sustentáveis para garantir a produção de cereais no futuro perante a degradação dos ecossistemas que foi causada pelo modelo atual.
O milho, o arroz e o trigo fornecem ao ser humano 42,5% de todas as calorias e sua colheita deverá ser aperfeiçoada para contribuir ao necessário aumento da produção de alimentos em 60% para 2050, apontou a FAO em uma nova publicação.
O livro "Economizar para crescer" propõe um modelo de agricultura que aumenta o rendimento dos cereais básicos e sua qualidade nutricional, ao mesmo tempo que reduz os custos para os produtores e o meio ambiente.
"Será difícil manter no futuro a produção de cereais como foi feito nas últimas décadas porque, apesar de ainda ser muito alta, diminuiu por hectare", assegurou à Agência Efe o especialista da FAO Caterina Batello, que pede um entendimento melhor da capacidade dos ecossistemas.
Em 2014, houve o recorde na produção mundial de cereais, que se concentra em poucas zonas, onde já são pagas as consequências de décadas de monocultura com uma maior degradação do solo, esgotamento dos aqüíferos e perda de biodiversidade.
Espera-se que para 2050, a demanda anual de milho, arroz e trigo chegue a 3,3 bilhões de toneladas, 800 milhões a mais que a colheita de 2014.
Entre as práticas sustentáveis, a agência pede que melhore a variedade de cultivos, conservação dos solos de maneira orgânica, utilização da rotação de cultivos e diversificação da produção de cereais integrando com árvores, gado e aquicultura.
Os pequenos produtores também podem reduzir o uso de água sem a necessidade de inundar as terras, como foi demonstrado no caso do arroz, ou reutilizando a água de chuva armazenada, de acordo com a publicação.
Assim como os agricultores no Cazaquistão colhem trigo sem lavrar, na China produzem arroz e pescado de forma integrada, e na África manejam vários cultivos para controlar as pestes.
No mundo todo surgiram iniciativas para cultivar legumes que fixam o nitrogênio nos solos e impulsionam o rendimento do trigo, enquanto só na Ásia milhões de agricultores de arroz passaram a cultivar também milho na estação seca usando híbridos de alto rendimento que consomem menos água.
As práticas recolhidas pela FAO buscam beneficiar os países em desenvolvimento anos depois da chamada Revolução Verde, que supôs um forte aumento da produtividade agrícola mediante à inovação tecnológica nas décadas de 1960 e 1970, sobretudo na Ásia.
Para Batello, esta nova etapa de produção sustentável deverá SE basear em "conhecimentos intensivos em todos os níveis" e um renovado compromisso político com as práticas mais adaptadas à agricultura familiar.
Roma - A Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pediu nesta segunda-feira práticas mais sustentáveis para garantir a produção de cereais no futuro perante a degradação dos ecossistemas que foi causada pelo modelo atual.
O milho, o arroz e o trigo fornecem ao ser humano 42,5% de todas as calorias e sua colheita deverá ser aperfeiçoada para contribuir ao necessário aumento da produção de alimentos em 60% para 2050, apontou a FAO em uma nova publicação.
O livro "Economizar para crescer" propõe um modelo de agricultura que aumenta o rendimento dos cereais básicos e sua qualidade nutricional, ao mesmo tempo que reduz os custos para os produtores e o meio ambiente.
"Será difícil manter no futuro a produção de cereais como foi feito nas últimas décadas porque, apesar de ainda ser muito alta, diminuiu por hectare", assegurou à Agência Efe o especialista da FAO Caterina Batello, que pede um entendimento melhor da capacidade dos ecossistemas.
Em 2014, houve o recorde na produção mundial de cereais, que se concentra em poucas zonas, onde já são pagas as consequências de décadas de monocultura com uma maior degradação do solo, esgotamento dos aqüíferos e perda de biodiversidade.
Espera-se que para 2050, a demanda anual de milho, arroz e trigo chegue a 3,3 bilhões de toneladas, 800 milhões a mais que a colheita de 2014.
Entre as práticas sustentáveis, a agência pede que melhore a variedade de cultivos, conservação dos solos de maneira orgânica, utilização da rotação de cultivos e diversificação da produção de cereais integrando com árvores, gado e aquicultura.
Os pequenos produtores também podem reduzir o uso de água sem a necessidade de inundar as terras, como foi demonstrado no caso do arroz, ou reutilizando a água de chuva armazenada, de acordo com a publicação.
Assim como os agricultores no Cazaquistão colhem trigo sem lavrar, na China produzem arroz e pescado de forma integrada, e na África manejam vários cultivos para controlar as pestes.
No mundo todo surgiram iniciativas para cultivar legumes que fixam o nitrogênio nos solos e impulsionam o rendimento do trigo, enquanto só na Ásia milhões de agricultores de arroz passaram a cultivar também milho na estação seca usando híbridos de alto rendimento que consomem menos água.
As práticas recolhidas pela FAO buscam beneficiar os países em desenvolvimento anos depois da chamada Revolução Verde, que supôs um forte aumento da produtividade agrícola mediante à inovação tecnológica nas décadas de 1960 e 1970, sobretudo na Ásia.
Para Batello, esta nova etapa de produção sustentável deverá SE basear em "conhecimentos intensivos em todos os níveis" e um renovado compromisso político com as práticas mais adaptadas à agricultura familiar.