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Famílias vão a local de naufrágio na China

Dezenas de pessoas romperam cordão de isolamento para exigir notícias de parentes desaparecidos em naufrágio no rio Yangtsé

Familiares de passageiros que estavam em barco que naufragou no rio Yangtsé, China (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Familiares de passageiros que estavam em barco que naufragou no rio Yangtsé, China (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 21h35.

Jianli - Dezenas de pessoas romperam nesta quarta-feira um cordão de isolamento da polícia enquanto caminhavam ao local onde um barco de cruzeiro naufragou no rio Yangtsé para exigir notícias de seus parentes desaparecidos.

Os agentes de resgate procuravam mais de 400 pessoas, muitas delas idosas, mas as esperanças de encontrar mais sobreviventes do pior desastre de transporte de passageiros da história moderna da China estão diminuindo.

Apenas 14 pessoas, incluindo o capitão do barco, foram encontradas com vida desde que a embarcação virou durante um tornado na noite de segunda-feira com 456 pessoas a bordo.

Só 29 corpos foram recuperados. Frustrados com o nível das informações fornecidas pelas autoridades locais, cerca de 80 familiares alugaram um ônibus para ir da cidade de Nanjing ao condado de Jianli, na província de Hubei, uma viagem de oito horas.

Eles foram vistos caminhando rumo ao local de resgate na noite desta quarta-feira (horário chinês).

"Isso não vai ajudar muito, só estamos fazendo isso para o governo ver", disse Wang Feng, que organizou a viagem.

Mais tarde, os manifestantes romperam um cordão de isolamento formado por entre 20 e 25 policiais paramilitares que tentavam impedi-los de atravessar um bloqueio rodoviário.

Voluntários de Jianli ofereceram carona e água aos familiares. Algumas pessoas amarraram fitas amarelas no espelho lateral de seus carros.

Mais cedo, 47 dos parentes pediram ao governo que divulgasse a eles no local do resgate os nomes dos sobreviventes e dos mortos, de acordo com um comunicado.

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