Exame Logo

Famílias do 11/9 rejeitam pôr restos mortais em Marco Zero

'Os restos de seres humanos não devem parar em um depósito de lixo ou sob um museu', disse nesta segunda-feira advogado representante das Famílias

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2012 às 17h37.

Nova York - Alguns familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 não aceitam que os restos mortais não identificados de seus entes queridos sejam depositados sob o Museu que está sendo construindo junto ao Memorial, inaugurado em setembro no Marco Zero, segundo o plano previsto pelas autoridades de Nova York.

'Os restos de seres humanos não devem parar em um depósito de lixo ou sob um museu', disse nesta segunda-feira à Agencia Efe Norman Siegel, um advogado que representa a organização Pais e Famílias de Vítimas e Bombeiros do 11 de Setembro, que se opõe aos planos da cidade.

Siegel explicou que os membros desse coletivo 'rejeitam a maneira na qual querem realizar a mudança dos restos'.

O grupo que o advogado representa defende que uma comissão parlamentar determine o que fazer com os restos não identificados correspondentes a mais de 1.100 das 2.753 pessoas que morreram nos ataques contra as Torres Gêmeas em Nova York.

No entanto, o presidente do Memorial, Joe Daniels, defendeu a iniciativa e afirmou que 'desde o princípio, as famílias das vítimas apostaram por levar esses restos ao local do World Trade Center'.

Daniels respondeu aos grupos que se opõem ao plano aprovado pelo Escritório Legista de Nova York de depositar os restos em um espaço subterrâneo e separado por um muro do memorial e do museu, mas situado dentro do terreno comum ocupado pelos edifícios.

Um total de 17 famílias pediram que esse projeto seja paralisado nos tribunais, que deram razão às autoridades, mas o caso sofreu um recurso.

Estes familiares querem que os restos sejam guardados em uma espécie de 'túmulo em honra do soldado desconhecido' na superfície e que não esteja separado do complexo do memorial e do museu.

No entanto, o Escritório Legista afirma que na cripta subterrânea poderão ser recuperados os restos para analisá-los, se aparecer uma nova técnica que permita identificá-los no futuro.

O debate sobre o destino das vítimas do 11 de setembro ressurgiu novamente na semana passada depois que foi divulgado que os restos ósseos de algumas vítimas de Shanksville (Pensilvânia) e do Pentágono terminaram em um depósito de lixo, de acordo com um relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O coletivo Famílias do World Trade Center por um Enterro Digno lamentou que esses restos, que não puderam ser identificados até então, tenham sido enviados ao necrotério da base da Força Aérea dos EUA em Dover (Delaware) para serem incinerados e jogados posteriormente em um depósito de lixo.

Veja também

Nova York - Alguns familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 não aceitam que os restos mortais não identificados de seus entes queridos sejam depositados sob o Museu que está sendo construindo junto ao Memorial, inaugurado em setembro no Marco Zero, segundo o plano previsto pelas autoridades de Nova York.

'Os restos de seres humanos não devem parar em um depósito de lixo ou sob um museu', disse nesta segunda-feira à Agencia Efe Norman Siegel, um advogado que representa a organização Pais e Famílias de Vítimas e Bombeiros do 11 de Setembro, que se opõe aos planos da cidade.

Siegel explicou que os membros desse coletivo 'rejeitam a maneira na qual querem realizar a mudança dos restos'.

O grupo que o advogado representa defende que uma comissão parlamentar determine o que fazer com os restos não identificados correspondentes a mais de 1.100 das 2.753 pessoas que morreram nos ataques contra as Torres Gêmeas em Nova York.

No entanto, o presidente do Memorial, Joe Daniels, defendeu a iniciativa e afirmou que 'desde o princípio, as famílias das vítimas apostaram por levar esses restos ao local do World Trade Center'.

Daniels respondeu aos grupos que se opõem ao plano aprovado pelo Escritório Legista de Nova York de depositar os restos em um espaço subterrâneo e separado por um muro do memorial e do museu, mas situado dentro do terreno comum ocupado pelos edifícios.

Um total de 17 famílias pediram que esse projeto seja paralisado nos tribunais, que deram razão às autoridades, mas o caso sofreu um recurso.

Estes familiares querem que os restos sejam guardados em uma espécie de 'túmulo em honra do soldado desconhecido' na superfície e que não esteja separado do complexo do memorial e do museu.

No entanto, o Escritório Legista afirma que na cripta subterrânea poderão ser recuperados os restos para analisá-los, se aparecer uma nova técnica que permita identificá-los no futuro.

O debate sobre o destino das vítimas do 11 de setembro ressurgiu novamente na semana passada depois que foi divulgado que os restos ósseos de algumas vítimas de Shanksville (Pensilvânia) e do Pentágono terminaram em um depósito de lixo, de acordo com um relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O coletivo Famílias do World Trade Center por um Enterro Digno lamentou que esses restos, que não puderam ser identificados até então, tenham sido enviados ao necrotério da base da Força Aérea dos EUA em Dover (Delaware) para serem incinerados e jogados posteriormente em um depósito de lixo.

Acompanhe tudo sobre:11-de-SetembroAtaques terroristasMetrópoles globaisNova YorkTerrorismo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame