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Famílias de vítimas da Germanwings processam a companhia aérea

Famílias consideram que a Lufthansa e a sua filial Germanwings deveriam ter afastado o co-piloto Andreas Lubitz, responsável pela tragédia

Germanwings: co-piloto trancou-se na cabine e derrubou o avião, que voava entre Barcelona (Espanha) e Dusseldorf (Alemanha) (Patrick Stollarz/AFP)
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AFP

Publicado em 27 de março de 2017 às 16h55.

Última atualização em 27 de março de 2017 às 16h55.

As famílias de seis vítimas do desastre aéreo da Germanwings processaram nesta segunda-feira na Espanha a empresa alemã e sua matriz Lufthansa por responsabilidade civil na tragédia, que deixou 150 mortos, informaram seus advogados em um comunicado.

A ação foi ajuizada em um tribunal comercial em Barcelona e nela exigem indenizações pela suposta responsabilidade das companhias aéreas no caso, que ocorreu em 24 de março de 2015.

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As famílias e seus advogados consideram que a Lufthansa e a sua filial Germanwings deveriam ter afastado o co-piloto Andreas Lubitz, que lançou o avião contra os Alpes franceses.

Aproveitando-se da ausência momentânea do comandante, Lubitz, de 27 anos, trancou-se na cabine e derrubou o avião, que voava entre Barcelona (Espanha) e Dusseldorf (Alemanha).

Seus 150 passageiros, incluindo 72 alemães e 50 espanhóis morreram. Lubtiz sofria de depressão.

"O co-piloto estava doente, mas a Lufthansa deveria ter detectado. Este homem apresentava sintomas suficientes",declarou numa coletiva de imprensa em Barcelona Narcís Motjé, o pai de uma das vítimas e porta-voz das seis famílias.

Motjé criticou a decisão da justiça alemã de arquivar em janeiro a investigação, considerando o co-piloto como único responsável.

Em paralelo, segue em andamento outra investigação da justiça francesa em Marselha (sul).

O advogado das famílias, Carlos Villacorta, se recusou a revelar a indenização pedida, mas chamou "de insulto" o valor oferecido pela empresa.

Ainda assim, 90% das famílias espanholas decidiram aceitar a indenização acordada num processo de conciliação judicial realizado em Barcelona, ​​de acordo com a Associação de Afetados do Voo GWI 9525, que agrupa as famílias espanholas.

Na semana passada, por ocasião do segundo aniversário da tragédia, o pai do co-piloto questionou a versão de suicídio estabelecida pelas justiças alemã e francesa.

As associações espanhola e alemã das vítimas consideraram suas declarações como provocativas e desrespeitosas.

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