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Família de Jean Charles diz que também foi alvo de grampos na Inglaterra

Segundo jornal The Guardian, telefone do primo do brasileiro estava na lista dos telefones monitorados pelo investigador a serviço do News of the World

Santuário em homenagem a Jean, em Londres: família pode ter sido alvo de escutas ilegais durante as investigações sobre a morte do brasileiro (Wikimedia Commons)

Santuário em homenagem a Jean, em Londres: família pode ter sido alvo de escutas ilegais durante as investigações sobre a morte do brasileiro (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 10h33.

São Paulo – A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, que foi morto em 2005 em Londres, enviou uma carta ao primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, pedindo que a polícia investigue se eles foram alvos das escutas telefônicas plantadas pelo jornal News of the World.

Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, a família afirma que o número de telefone de um dos primos de Jean Charles, Alex Pereira, estava na lista do investigador particular Glenn Mulcaire, preso em 2007 por fazer escutas telefônicas ilegais a serviço do News of the World.

Na carta, primos de Jean Charles pedem ao primeiro-ministro que investigue se a polícia envolvida no caso do brasileiro deixou vazar informações à imprensa. De acordo com o Guardian, os advogados da família Menezes irão investigar se outros telefones de pessoas ligadas ao caso foram alvo de escutas.

“A família está profundamente abalada por suspeitar que seus telefones podem ter sido monitorados em uma época em que eles estavam fragilizados e em luto. Eles estão confusos sobre a razão de não terem sido procurados antes pela polícia, e temem que os policiais estejam tentando encobrir seus próprios erros na condução das investigações”, afirmou um porta-voz da “Justice4jean”.

Jean Charles de Menezes foi morto em julho de 2005, no metrô de Londres, por uma unidade armada da Scotland Yard. A versão dos policiais é a de que Jean foi confundido com o suspeito de um atentado à bomba fracassado, que ocorreu no dia anterior, também no metrô. 

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