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Extrema direita francesa e britânica obtém grandes vitórias

Eurocéticos e nacionalistas mais do que duplicaram seus assentos em contínuos votos de protesto em todo o continente contra a austeridade e o desemprego

Bandeiras da União Europeia: partidos pró-europeus de centro-esquerda e centro-direita mantiveram controle de cerca de 70% dos assentos (Georges Gobet/AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 08h35.

Bruxelas - Nacionalistas eurocéticos obtiveram vitórias impressionantes nas eleições para o Parlamento Europeu na França e na Grã-Bretanha no domingo, enquanto os críticos da União Europeia mais do que duplicaram seus assentos em contínuos votos de protesto em todo o continente contra a austeridade e o desemprego.

Partidos da extrema esquerda e da extrema direita ampliaram suas bancadas devido ao baixo comparecimento às urnas, obtendo ganhos em muitos países, embora na Alemanha , o maior Estado-membro da UE, com o maior número de assentos, e na Itália, o centro pró-europeu se manteve estável.

Em uma votação que levantou mais dúvidas sobre o futuro de longo prazo da Grã-Bretanha na União Europeia, o Partido Independente do Reino Unido, de Nigel Farage, ficou à frente do Partido Trabalhista, de oposição, e do partido conservador do primeiro-ministro David Cameron confortavelmente com quase metade dos resultados declarados.

Uma jubilante Le Pen, cujo partido ficou à frente dos Socialistas do presidente francês François Hollande, disse aos apoiadores: "As pessoas falaram alto e claro ... elas não querem mais ser lideradas por aqueles fora das nossas fronteiras, por comissários da UE e tecnocratas que não são eleitos. Eles querem ser protegidos da globalização e retomar as rédeas de seus destinos."

Com 80 por cento dos votos apurados na França, a Frente Nacional tinha ganho 26 por cento dos votos, confortavelmente à frente da oposição conservadora UMP, com 20,6 por cento, e os socialistas com 13,8 por cento, na sua segunda derrota pesada em dois meses depois de perder dezenas de prefeituras março.

Os primeiros resultados oficiais nas 28 nações do bloco mostraram que partidos pró-europeus de centro-esquerda e centro-direita mantiveram controle de cerca de 70 por cento dos 751 assentos no parlamento, mas o número de membros eurocéticos irá mais que dobrar.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
  • 2. 8. Turquia

    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
  • 3. 10. Brasil

    3 /4(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

  • O quê: eleições presidenciais Quando: outubro Dilma Rousseff não deve ter dificuldade para conseguir o seu segundo mandato. A grande discussão da oposição se limita a saber quem pode ser forte o bastante para prolongar a disputa até o segundo turno. Dilma deverá enfrentar, em junho, o teste de fogo da Copa do Mundo (se algo der muito errado, as consequências para o governo são imprevisíveis). Além disso, mais uma onda de protestos em junho já está agendada há tempos no calendário dos manifestantes.
  • 4. Agora conheça o povo mais materialista do mundo

    4 /4(STR/AFP/Getty Images)

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