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Exportações de América Latina e Caribe cresceram 4,1% em 2024, segundo BID

Banco Interamericano de Desenvolvimento divulgou seu relatório sobre a economia latino latino-americana nesta terça-feira

(Arquivo) Transporte de carga no Panamá (AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 13h53.

Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 13h59.

O valor das exportações de bens da América Latina e do Caribe se expandiu 4,1% em 2024 em relação ao ano anterior, após caírem 1,6% em 2023, segundo um relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), publicado nesta terça-feira, 14.

Este aumento se deveu, sobretudo, aos valores exportados, explica a organização em seu relatório "Estimativas das tendências comerciais da América Latina e do Caribe". O BID não vê sinais que garantam que este crescimento será mantido com o tempo.

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"O balanço dos riscos para o comércio regional se mantém equilibrado e as projeções apontam para um crescimento limitado, em um contexto de alta incerteza sobre a economia mundial", explicou Paolo Giordano, coordenador do estudo, citado em um comunicado.

"Para que o comércio exterior continue contribuindo significativamente para o crescimento econômico, a região deve se concentrar em reformas e investimentos que aumentem a produtividade", acrescentou.

Os resultados variam muito de um país para outro. Entre os que experimentaram franca melhora destacam-se Argentina (+18,1%), Venezuela (+18,7%), Uruguai (+14,6%) e Guiana (+59,6%).
Entre os países que registraram queda em relação ao ano anterior estão Brasil (-0,8%), Paraguai (-6,5), Costa Rica (-9,3%) e sobretudo o Panamá (-73,3%).

Salvo exceções, os preços dos principais produtos básicos exportados pela América Latina e o Caribe "mantiveram uma tendência à baixa, que se prevê que vá continuar, em um contexto de alta volatilidade", diz o informe.

O preço da soja caiu 22,1% em 2024, devido ao "aumento da oferta global, principalmente pela colheita recorde no Brasil, que esteve acompanhada da recuperação da produção na Argentina após a forte seca de 2023".

A cotação do açúcar sofreu contração de 13,7% devido às melhoras das colheitas na Índia e na Tailândia e à queda nos preços do petróleo, que impacta negativamente na demanda de cana-de-açúcar para a produção de etanol. Contudo, registra níveis "próximos aos máximos históricos", informa o BID.

O petróleo, por sua vez, acumulou contração de 2,7% na média do ano. Mas outros preços subiram, sobretudo os do café.

O preço das variantes arábica e robusta foi, em média, "57,7% superior ao de 2023 (...), colocando a cotação em máximos históricos", continua o informe. O cobre, por sua vez, "mostrou maior volatilidade", mas subiu 9,4% em relação a 2023.

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