KANDAHAR, AFGHANISTAN - OCTOBER 15: A view of the scene after a bomb blast hits Shia community mosque in Afghanistanâs southern Kandahar province on October 15, 2021. The bomb blast hit a Shia mosque during Friday prayers, killing at least 30 people, an official confirmed. (Photo by via Getty Images) (Murteza Khaliqi/Anadolu Agency/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de outubro de 2021 às 08h38.
Pelo menos 16 pessoas morreram e já passa de 30 o total de feridos após uma explosão atingir uma mesquita xiita durante as orações desta sexta-feira, 15, na cidade de Kandahar, no sul do Afeganistão. A informação foi dada por uma fonte médica à AFP.
"Dezesseis corpos e 32 feridos foram levados para o hospital de Mirwais", disse um porta-voz do hospital central de Kandahar.
Uma contagem inicial havia relatado sete mortos e cerca de 15 feridos. De acordo com uma fonte da Associated Press, o número de vítimas fatais tende a aumentar.
A explosão na mesquita de Iman Bargah, que fica no centro da cidade, aconteceu durante a oração do meio-dia de sexta-feira, dia de descanso para os muçulmanos e momento em que muitas pessoas se reúnem para rezar.
Uma testemunha disse à AFP que ouviu três explosões, uma no portão principal da mesquita, outra no miradouro sul e a terceira no local onde os adoradores se lavam. A origem da explosão ainda não é conhecida.
Outra testemunha também disse que três explosões abalaram a mesquita no centro da cidade durante as orações desta sexta.
O porta-voz do Ministério do Interior, Qari Sayed Khosti, lamentou as mortes em mensagem publicada no Twitter. "Entristece-nos saber que ocorreu uma explosão numa mesquita da irmandade xiita no primeiro distrito da cidade de Kandahar, na qual vários dos nossos compatriotas foram martirizados e feridos."
E acrescentou: "As forças especiais do Emirado Islâmico chegaram à área para determinar a natureza do incidente e trazer os responsáveis à justiça."
A explosão aconteceu uma semana depois de um bombardeio numa mesquita xiita no norte do país deixar 46 pessoas mortas.
O grupo EI-K, filial afegã do Estado Islâmico, assumiu a autoria do ataque.
O grupo extremista, que se opõe aos Taleban, considera os muçulmanos xiitas como apóstatas merecedores da morte.