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Explosão deixa 33 feridos e pode ter sido ato terrorista

''Não é possível que a explosão tenha sido causada por falha elétrica'', segundo o comunicado da empresa em Nairóbi

Apesar da cautela da polícia, o primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, não hesitou em considerar a explosão um ''ato terrorista'' (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 21h34.

Nairóbi - Uma forte explosão ocorrida nesta segunda-feira em um edifício comercial no centro de Nairóbi, no Quênia, deixou 33 feridos, pelo menos 5 em estado grave, informou a Polícia, que não descarta ter sido causada por um atentado terrorista .

''A equipe de investigação está considerando a possibilidade de criminosos terem causado a explosão, a partir de uma bomba de fabricação caseira'', disse o comissário da Polícia do Quênia, Matthew Iteere, em comunicado.

Iteere ressaltou que os primeiros exames no local indicam que a possibilidade da explosão ter sido por uma bomba convencional é remota. Antes, o comissário havia informado que uma falha elétrica podia ser a causa.

A companhia elétrica estatal, Quênia Power, informou que uma equipe de técnicos visitou o lugar e concluiu que não existe um transformador soterrado no edifício e que as conexões elétricas estavam intactas. ''Não é possível que a explosão tenha sido causada por falha elétrica'', segundo o comunicado da empresa, citado pelo site da emissora queniana ''Capital FM''.

Apesar da cautela da polícia, o primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, não hesitou em considerar a explosão um ''ato terrorista''. ''Os quenianos não se renderão aos terroristas. Este é um ato de covardia. Não pouparemos recursos para combatê-los'', disse Odinga em frente ao local atingido.

A explosão aconteceu por volta das 13h15 locais (7h15 de Brasília) em um edifício comercial de uma as avenidas mais movimentadas da cidade. Pouco depois, milhares de curiosos se aproximaram do lugar do acidente, apesar das forças de segurança terem isolado e desviado o trânsito.


A magnitude da explosão causou um incêndio no edifico, que foi sufocado pelos bombeiros, e diversos danos em vários locais próximos. Alguns quarteirões da avenida ficaram cobertos de pedaços de vidros e um forte cheiro de plástico queimado.

As lojas afetadas pela explosão, em sua maioria de roupa, estavam destroçadas. A vendedora Rachael Mwangi, ferida e transferida ao Hospital Nacional Kenyatta de Nairóbi relatou à ''Capital FM'': ''Ouvi uma explosão e me vi no chão. Vários objetos começaram a cair em cima de mim''.

O Quênia sofreu nos últimos seis meses vários ataques terroristas, tanto em Nairóbi, como na cidade litorânea de Mombaça (sudeste) e no norte do país, que deixou uma dezena de mortos e diversos feridos.

Esses atentados ocorrem desde que o Exército queniano iniciou, em 15 de outubro do ano passado, uma ofensiva na Somália contra a milícia radical islâmica Al Shabab, que ameaçou diversas vezes realizar ataques em território queniano como represália.

A incursão militar começou dois dias depois do sequestro de dois voluntários espanhois da ONG Médicos sem Fronteiras no campo de refugiados de Daabad (no leste), o quarto em pouco mais de um mês, todos supostamente obra de Al Shabab, segundo autoridades quenianas.

A milícia, que o fevereiro anunciou sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda, combate desde 2006 o Governo Federal de Transição somali e as forças multinacionais da Missão da União Africana na Somália (AMISOM) para instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista no país.

A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. Desde então o país estpa sem governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, além de líderes tribais e grupos armados.

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A companhia elétrica estatal, Quênia Power, informou que uma equipe de técnicos visitou o lugar e concluiu que não existe um transformador soterrado no edifício e que as conexões elétricas estavam intactas. ''Não é possível que a explosão tenha sido causada por falha elétrica'', segundo o comunicado da empresa, citado pelo site da emissora queniana ''Capital FM''.

Apesar da cautela da polícia, o primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, não hesitou em considerar a explosão um ''ato terrorista''. ''Os quenianos não se renderão aos terroristas. Este é um ato de covardia. Não pouparemos recursos para combatê-los'', disse Odinga em frente ao local atingido.

A explosão aconteceu por volta das 13h15 locais (7h15 de Brasília) em um edifício comercial de uma as avenidas mais movimentadas da cidade. Pouco depois, milhares de curiosos se aproximaram do lugar do acidente, apesar das forças de segurança terem isolado e desviado o trânsito.


A magnitude da explosão causou um incêndio no edifico, que foi sufocado pelos bombeiros, e diversos danos em vários locais próximos. Alguns quarteirões da avenida ficaram cobertos de pedaços de vidros e um forte cheiro de plástico queimado.

As lojas afetadas pela explosão, em sua maioria de roupa, estavam destroçadas. A vendedora Rachael Mwangi, ferida e transferida ao Hospital Nacional Kenyatta de Nairóbi relatou à ''Capital FM'': ''Ouvi uma explosão e me vi no chão. Vários objetos começaram a cair em cima de mim''.

O Quênia sofreu nos últimos seis meses vários ataques terroristas, tanto em Nairóbi, como na cidade litorânea de Mombaça (sudeste) e no norte do país, que deixou uma dezena de mortos e diversos feridos.

Esses atentados ocorrem desde que o Exército queniano iniciou, em 15 de outubro do ano passado, uma ofensiva na Somália contra a milícia radical islâmica Al Shabab, que ameaçou diversas vezes realizar ataques em território queniano como represália.

A incursão militar começou dois dias depois do sequestro de dois voluntários espanhois da ONG Médicos sem Fronteiras no campo de refugiados de Daabad (no leste), o quarto em pouco mais de um mês, todos supostamente obra de Al Shabab, segundo autoridades quenianas.

A milícia, que o fevereiro anunciou sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda, combate desde 2006 o Governo Federal de Transição somali e as forças multinacionais da Missão da União Africana na Somália (AMISOM) para instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista no país.

A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. Desde então o país estpa sem governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, além de líderes tribais e grupos armados.

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