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Ex-vice-presidente egípcio diz que Mubarak renunciou a pedido seu

Omar Suleiman declarou que Mubarak aceitou seu pedido "diante da deterioração da situação da segurança em todas as praças da República Árabe do Egito"

Mubarak renunciou ao poder em 11 de fevereiro após 18 dias de protestos (Jim Watson/AFP)

Mubarak renunciou ao poder em 11 de fevereiro após 18 dias de protestos (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h39.

Cairo - O ex-vice-presidente egípcio Omar Suleiman afirma que o ex-líder Hosni Mubarak renunciou à Presidência a pedido seu, segundo uma transcrição dos interrogatórios judiciais divulgada nesta sexta-feira pelo jornal "Al-Masri Al-Youm".

"O presidente (Mubarak) optou por renunciar ao cargo e encarregar ao Conselho Superior das Forças Armadas o manejo dos assuntos internos do país a meu pedido", destacou Suleiman em seu interrogatório à procuradoria egípcia, que investiga a morte de manifestantes durante a chamada Revolução de 25 de Janeiro.

Suleiman declarou que Mubarak, que renunciou ao poder em 11 de fevereiro após 18 dias de protestos, aceitou seu pedido "diante da deterioração da situação da segurança em todas as praças da República Árabe do Egito".

Além disso, ele apontou que a única condição de Mubarak foi "anunciar a renúncia após se mudar para Sharm el-Sheikh".

"Depois que tivesse viajado para Sharm el-Sheikh na sexta-feira de manhã, liguei para ele quase às 17h e li para ele o comunicado da renúncia. Ele aprovou e eu divulguei-o pela televisão", ressaltou o ex-vice-presidente.

Ele considerou que o discurso de Mubarak em 1º de fevereiro, no qual o líder prometeu que nem ele nem seu filho mais velho, Gamal, se candidatariam às próximas eleições presidenciais no Egito, "satisfez a maioria do povo egípcio e reduziu o número de manifestantes na praça Tahrir".

Suleiman disse que o que elevou novamente os ânimos após aquele discurso foi a "batalha dos camelos", quando homens leais ao regime apoiados por tropas montadas a cavalo tentaram dissolver à força os protestos no centro do Cairo. Isso, segundo ele, fez com que o povo perdesse novamente a confiança no regime.

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