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Ex-vice-presidente e líder rebelde é expulso de Parlamento

Bloco parlamentar do partido governante do Sudão do Sul anunciou que retirou o registro de deputado do ex-vice-presidente Riak Machar


	Soldado com a bandeira do Sudão do Sul: desde a independência do vizinho Sudão, o Sudão do Sul vive uma situação política e de segurança instável
 (Andreea Campeanu/Reuters)

Soldado com a bandeira do Sudão do Sul: desde a independência do vizinho Sudão, o Sudão do Sul vive uma situação política e de segurança instável (Andreea Campeanu/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 10h24.

Juba - O bloco parlamentar do partido governante sul-sudanês Movimento Popular de Libertação do Sudão (MPLS) anunciou nesta quinta-feira que retirou o registro de deputado do ex-vice-presidente Riak Machar, acusado de comandar uma tentativa de golpe de Estado.

A decisão foi tomada três dias depois de Machar ser expulso do MPLS e substituído dos cargos que ainda ocupava no partido dirigido por seu rival, o chefe de Estado Salva Kiir.

O presidente do bloco parlamentar do MPLS, Utilio Udongi, disse aos jornalistas na capital Juba que houve consenso para expulsar Machar e o deputado Alfred Ladu Gore em função da participação na tentativa de golpe militar de 15 de dezembro.

Udongi explicou que os dois infringiram os estatutos do partido, que estipulam que nenhum membro pode tentar tomar o poder pela força.

Em seu discurso, o deputado pediu que o povo sul-sudanês rejeite a violência e conviva em paz e unidade.

Machar e Gore eram até segunda-feira -quando Kiir emitiu a resolução de expulsão- membros do escritório político do MPLS e do Conselho de Libertação Nacional, o mais alto órgão do partido.

Delegações do regime e dos rebeldes partidários de Machar mantêm conversas de paz em Adis-Abeba (Etiópia), após o conflito desencadeado no país após a tentativa de golpe deixar desde dezembro centenas de mortos.

As tensões internas eclodiram em julho do ano passado, quando Kiir dissolveu o governo e destituiu da vice-presidência Machar, que tinha anunciado sua intenção de concorrer nas eleições de 2015.

Desde a independência do vizinho Sudão, em julho de 2011, o Sudão do Sul vive uma situação política e de segurança instável, marcada também pelas questões não resolvidas com Cartum. 

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