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Ex-vice de Obama, Joe Biden entra na corrida pela Casa Branca

Democrata é considerado favorito, seguido por Sanders, para obter nomeação do partido e enfrentar Trump em 2020

Ex-vice presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Brian Snyder/Reuters)

Ex-vice presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Brian Snyder/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de abril de 2019 às 08h54.

Última atualização em 26 de abril de 2019 às 16h31.

Washington - O ex-vice-presidente norte-americano Joe Biden, um moderado que fez do apelo aos eleitores da classe trabalhadora que abandonaram os democratas em 2016 uma parte essencial de sua identidade política, anunciou pré-candidatura à Casa Branca nesta quinta-feira, largando como o favorito do partido.

Biden anunciou a terceira corrida presidencial de sua carreira em um vídeo no YouTube e em outras redes sociais. Ele deve realizar seu primeiro evento público como pré-candidato na segunda-feira em uma cerimônia com membros de um sindicato de Pittsburgh, um distrito eleitoral crucial.

Biden, de 76 anos, passou meses se questionando se deveria concorrer. Sua candidatura enfrentará vários questionamentos, entre os quais se ele é velho demais e muito ao centro para um Partido Democrata ansioso por novos rostos e cada vez mais impulsionado por sua ala liberal.

Mas ele larga como líder nas pesquisas de opinião sobre postulantes democratas, que já conta com 20 nomes dispostos a enfrentar o presidente Donald Trump, o indicado republicano provável, em novembro de 2020.

Críticos dizem que sua posição nas pesquisas se deve principalmente ao reconhecimento do nome do ex-senador do Delaware, cujas mais de quatro décadas no serviço público incluem oito anos como o número dois do presidente Barack Obama na Casa Branca.

À medida que a especulação sobre sua candidatura crescia, Biden voltou a ser questionado sobre sua propensão já antiga a tocar e beijar estranhos em eventos políticos, e várias mulheres vieram a público dizer que ele as constrangeu.

Biden mostrou dificuldade para lidar com a questão, às vezes fazendo piada a respeito de seu comportamento, mas acabou pedindo desculpas e disse admitir que os padrões de conduta pessoal mudaram na esteira do movimento #MeToo.

A candidatura de Biden logo mostrará se os democratas estão mais interessados em encontrar um político de centro que consiga conquistar os eleitores da classe trabalhadora que escolheram Trump em 2016 ou alguém que estimule a ala progressista diversificada do partido, como os senadores Kamala Harris, da Califórnia, Bernie Sanders, de Vermont, ou Elizabeth Warren, de Massachusetts.

Biden tem sido um dos críticos mais agressivos contra Trump. No ano passado, ele disse que "acabaria com a raça" do republicano se os dois estivessem na escola devido à maneira como o presidente falou das mulheres, lamentando a frase mais tarde.

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