Venezuela: Ortega Díaz foi destituída do cargo no dia 5 de agosto por "atos imorais" pela Assembleia Nacional Constituinte (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de agosto de 2017 às 13h30.
Bogotá - A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Díaz Ortega, que chegou na sexta-feira em Bogotá acompanhado de seu marido, o deputado chavista Germán Ferrer, deixará a Colômbia nas próximas horas para viajar aos Estados Unidos.
Segundo a "Blu Radio", Díaz Ortega se reuniu neste fim de semana com diplomatas americanos e aceitou viajar para o país, onde pediria asilo político.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse ontem no Twitter que a ex-procuradora-geral está "sob proteção do governo da Colômbia" e indicou que daria asilo a ela se o pedido for feito.
Membros do governo de Nicolás Maduro responderam de forma imediata às declarações de Santos. O novo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, disse que esse apoio mostra que a Colômbia é o "epicentro da conspiração internacional" contra o país.
"Bogotá se transformou em um centro de conspiração contra a democracia e a paz na Venezuela. Vergonha histórica do Caim da América", afirmou, por sua vez, o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza.
Ortega Díaz foi destituída do cargo no dia 5 de agosto por "atos imorais" pela Assembleia Nacional Constituinte. Antes aliada do chavismo, ela se tornou uma das principais críticas de Maduro após a convocação da eleição da assembleia e se tornou inimiga do governo.
Já o marido da ex-procuradora-geral é alvo de uma ordem de captura após ter sido acusado pela Constituinte e por Saab de ser parte de um esquema de extorsão dentro do Ministério Público.