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Ex-presidente panamenho é preso na Flórida por suposta espionagem

Ricardo Martinelli foi detido sem incidentes quando saiu de uma casa nos arredores de Miami na segunda-feira à noite

Ricardo Martinelli: ex-líder panamenho é acusado de ter utilizado fundos públicos para espionar ilegalmente mais de 150 adversários políticos em seu país (Carlos Jasso/Reuters)

Ricardo Martinelli: ex-líder panamenho é acusado de ter utilizado fundos públicos para espionar ilegalmente mais de 150 adversários políticos em seu país (Carlos Jasso/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de junho de 2017 às 09h56.

O ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli, procurado no Panamá devido a acusações de espionagem política, foi preso por autoridades norte-americanas na segunda-feira perto de Miami, disseram as forças policiais dos Estados Unidos.

Martinelli foi detido sem incidentes quando saiu de uma casa nos arredores de Miami na segunda-feira à noite, disse Manny Puri, diretor-adjunto da polícia federal norte-americana em Miami.

Puri disse que delegados-adjuntos haviam colocado a residência sob vigilância em obediência a um mandado de prisão provisório emitido pelo Departamento de Justiça dos EUA em resposta a uma solicitação panamenha de setembro passado que pedia a extradição de Martinelli.

Martinelli foi trasladado a um centro federal de detenção de Miami e deverá comparecer perante a Corte Distrital dos EUA nesta terça-feira para uma audiência de extradição, explicou Puri. O mandado de prisão permanecerá em vigor até então, acrescentou.

A Interpol também emitiu um mandado de prisão contra Martinelli no mês passado.

O ex-líder panamenho é acusado de ter utilizado fundos públicos para espionar ilegalmente mais de 150 adversários políticos em seu país durante seu mandato como presidente, de 2009 a 2014.

"Os Estados Unidos são uma democracia onde se respeitam as leis e os direitos dos cidadãos. A defensa do ex-presidente Martinelli vai exercer os direitos e garantias que lhe consagra o Estado de Direito", disse o porta-voz de Martinelli, Luis Eduardo Camacho, em um comunicado.

Martinelli, um magnata dos supermercados, liderou o auge da infraestrutura e do crescimento econômico mais rápido da América Latina nos últimos anos, mas seu governo foi manchado pelas acusações de corrupção.

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