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Ex-prefeito de Londres anti-UE ganha terreno com Brexit

O personagem que ganhou relevo com esse desfecho foi Boris Johnson, ex-prefeito de Londres

Boris Johnson: decisão britânica de se separar da UE, uma vitória da causa populista, pode ser um momento de definição para o Reino Unido e para o projeto europeu (Peter Nicholls / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 18h18.

Londres - Foi a maior aposta do primeiro-ministro britânico, David Cameron , e ele estava convencido de que iria ganhar. Agora, seu rival mais próximo --no referendo sobre a União Europeia , no Partido Conservador e no país-- é o favorito para ficar com seu cargo.

A decisão britânica de se separar da UE, uma vitória da causa populista, pode ser um momento de definição para o Reino Unido e para o projeto europeu. Seu resultado levou à queda das bolsas e da libra esterlina nesta sexta-feira em meio a alertas sobre danos à economia.

O personagem que ganhou relevo com esse desfecho foi Boris Johnson, ex-prefeito de Londres e colega de classe de Cameron que se tornou o garoto-propaganda da campanha do "sai", enquanto o premiê advogava o "fica".

Agora que Cameron anunciou sua renúncia depois de ver o público britânico rejeitá-lo nas urnas, Johnson é o candidato mais forte para substituí-lo.

Para Cameron, a virada aconteceu em fevereiro, quando Johnson, político que conseguiu despertar um grande apelo que transcende o Partido Conservador, usou seu capital político para postular a desfiliação britânica, o que várias fontes disseram ter sido um gesto calculado para fortalecer suas chances de tomar o lugar do primeiro-ministro.

Cameron cedeu aos eurocépticos de seu partido ao aceitar colocar no início de 2013 a adesão britânica à União Europeia em votação popular. Foi uma tentativa de enterrar de vez os questionamentos sobre a adesão que vinham atormentando os sucessivos governos britânicos.

Inicialmente, Cameron achou que conseguiria cooptar Johnson. Um amigo e ex-colega de Johnson contou que o ex-prefeito poderia ter garantido uma vaga no gabinete de Cameron se tivesse concordado em fazer campanha ao lado do premiê.

Ao invés disso, ele ofereceu seu apoio, e com ele sua grande popularidade junto a muitos eleitores, aos defensores do "sai". "Ele é um tremendo ativo para a campanha, ele a tornou otimista, enérgica e positiva", afirmou seu amigo à Reuters.

Texto atualizado às 18h18

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Londres - Foi a maior aposta do primeiro-ministro britânico, David Cameron , e ele estava convencido de que iria ganhar. Agora, seu rival mais próximo --no referendo sobre a União Europeia , no Partido Conservador e no país-- é o favorito para ficar com seu cargo.

A decisão britânica de se separar da UE, uma vitória da causa populista, pode ser um momento de definição para o Reino Unido e para o projeto europeu. Seu resultado levou à queda das bolsas e da libra esterlina nesta sexta-feira em meio a alertas sobre danos à economia.

O personagem que ganhou relevo com esse desfecho foi Boris Johnson, ex-prefeito de Londres e colega de classe de Cameron que se tornou o garoto-propaganda da campanha do "sai", enquanto o premiê advogava o "fica".

Agora que Cameron anunciou sua renúncia depois de ver o público britânico rejeitá-lo nas urnas, Johnson é o candidato mais forte para substituí-lo.

Para Cameron, a virada aconteceu em fevereiro, quando Johnson, político que conseguiu despertar um grande apelo que transcende o Partido Conservador, usou seu capital político para postular a desfiliação britânica, o que várias fontes disseram ter sido um gesto calculado para fortalecer suas chances de tomar o lugar do primeiro-ministro.

Cameron cedeu aos eurocépticos de seu partido ao aceitar colocar no início de 2013 a adesão britânica à União Europeia em votação popular. Foi uma tentativa de enterrar de vez os questionamentos sobre a adesão que vinham atormentando os sucessivos governos britânicos.

Inicialmente, Cameron achou que conseguiria cooptar Johnson. Um amigo e ex-colega de Johnson contou que o ex-prefeito poderia ter garantido uma vaga no gabinete de Cameron se tivesse concordado em fazer campanha ao lado do premiê.

Ao invés disso, ele ofereceu seu apoio, e com ele sua grande popularidade junto a muitos eleitores, aos defensores do "sai". "Ele é um tremendo ativo para a campanha, ele a tornou otimista, enérgica e positiva", afirmou seu amigo à Reuters.

Texto atualizado às 18h18

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