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Ex-escrava yazidi do EI se torna embaixadora da ONU

Nadia Murad Basee Taha pediu que seja feita justiça para as vítimas dos grupos jihadistas

Nadia Murad Basee Taha: ex-escrava yazidi pediu que seja feita justiça para as vítimas dos grupos jihadistas (Reprodução/Twitter Nadia Murad)
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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2016 às 20h59.

Uma jovem iraquiana que sobreviveu a um sequestro e aos abusos a que foi submetida como escrava sexual do grupo extremista Estado Islâmico se converteu em embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas para a Dignidade dos Sobreviventes do Tráfico Humano.

Nadia Murad Basee Taha, uma jovem yazidi de 23 anos, pediu que seja feita justiça para as vítimas dos grupos jihadistas e defendeu o reconhecimento do ataque de 2014 contra a comunidade yazidi como um genocídio.

Murad foi sequestrada na sua casa na aldeia de Kocho, perto da cidade de Sinjar, no norte do Iraque, em agosto de 2014 e levada para a cidade de Mosul, controlada pelo Estado Islâmico. Foi estuprada, vendida e comprada em muitas ocasiões.

"Fui usada da maneira que eles queriam me usar. E não estava sozinha", disse Murad durante uma cerimônia na sede central das Nações Unidas.

Com a voz trêmula, Murad pediu a libertação de 3.200 mulheres e crianças yazidies que ainda são escravas sexuais do grupo Estado islâmico e que os sequestradores sejam levados à justiça.

"Meu medo real é que quando o ISIS tenha sido vencido, os militantes do ISIS, os terroristas do ISIS façam suas barbas e caminhem pelas ruas como se nada tivesse acontecido", disse. "Não podemos permitir que isso aconteça".

Como embaixadora da Boa Vontade, Murad focará em aumentar a consciência sobre a dramática situação das vítimas do tráfico de pessoas, especialmente os refugiados, as mulheres e as crianças.

Os líderes mundiais se reunirão na semana que vem no debate anual da Assembleia Geral da ONU, enquanto o Iraque e o Reino Unido lançarão na segunda-feira uma campanha para pressionar para que o Estado Islâmico seja responsabilizado pelos seus crimes.

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Nadia Murad Basee Taha, uma jovem yazidi de 23 anos, pediu que seja feita justiça para as vítimas dos grupos jihadistas e defendeu o reconhecimento do ataque de 2014 contra a comunidade yazidi como um genocídio.

Murad foi sequestrada na sua casa na aldeia de Kocho, perto da cidade de Sinjar, no norte do Iraque, em agosto de 2014 e levada para a cidade de Mosul, controlada pelo Estado Islâmico. Foi estuprada, vendida e comprada em muitas ocasiões.

"Fui usada da maneira que eles queriam me usar. E não estava sozinha", disse Murad durante uma cerimônia na sede central das Nações Unidas.

Com a voz trêmula, Murad pediu a libertação de 3.200 mulheres e crianças yazidies que ainda são escravas sexuais do grupo Estado islâmico e que os sequestradores sejam levados à justiça.

"Meu medo real é que quando o ISIS tenha sido vencido, os militantes do ISIS, os terroristas do ISIS façam suas barbas e caminhem pelas ruas como se nada tivesse acontecido", disse. "Não podemos permitir que isso aconteça".

Como embaixadora da Boa Vontade, Murad focará em aumentar a consciência sobre a dramática situação das vítimas do tráfico de pessoas, especialmente os refugiados, as mulheres e as crianças.

Os líderes mundiais se reunirão na semana que vem no debate anual da Assembleia Geral da ONU, enquanto o Iraque e o Reino Unido lançarão na segunda-feira uma campanha para pressionar para que o Estado Islâmico seja responsabilizado pelos seus crimes.

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