EUA: Em agosto de 2017, o Departamento de Estado dos EUA notificou a Santa Sé sobre uma possível violação de leis relacionadas a imagens de pornografia (Jupiterimages/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 22 de junho de 2018 às 22h31.
Vaticano - Um padre católico que trabalhou como diplomata na embaixada do Vaticano em Washington admitiu no iníco de seu julgamento nesta sexta-feira que havia possuído pornografia infantil enquanto ficou baseado nos Estados Unidos.
O monsenhor Carlo Alberto Capella, que foi preso no Vaticano em abril após ser chamado, disse ao tribunal que ele desenvolveu um desejo "mórbido" após chegar aos EUA para assumir o posto diplomático em 2016.
"Nunca foi parte da minha vida sacerdotal antes", disse ele ao tribunal, acrescentando que estava infeliz na embaixada em Washington.
Em agosto de 2017, o Departamento de Estado dos EUA notificou a Santa Sé sobre uma possível violação de leis relacionadas a imagens de pornografia infantil por um membro do corpo diplomático da Santa Sé enviado a Washington.
Algumas semanas depois, os EUA requisitaram que a imunidade diplomática de Capella fosse levantada para abrir caminho para um possível processo no país, mas o Vaticano se negou.
Após Capella ser convocado de volta à Roma, a polícia de Windsor, no Canadá, disse que havia emitido um mandado de prisão para ele por suspeita de posse e distribuição de pornografia infantil pela internet enquanto visitava uma igreja no Canadá.
O julgamento foi suspenso e será retomado no sábado.