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Ex-companheira de Morales usava gabinete para fazer negócios

A partir do gabinete reservado à primeira-dama, Zapata fez contato com empresários supostamente envolvendo obras públicas

Evo Morales: a partir do gabinete reservado à primeira-dama, Zapata fez contato com empresários supostamente envolvendo obras públicas (Wenderson Araujo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2016 às 08h46.

Gabriela Zapata, ex-companheira do presidente boliviano, Evo Morales , detida por suposto tráfico de influência, usou o gabinete destinado à primeira-dama para fazer negócios, com a ajuda de uma funcionária pública que foi detida nesta segunda-feira, informou o governo.

Segundo o vice-presidente Álvaro García, Zapata recebeu o apoio da diretora da Unidade de Gestão Social, Cristina Choque, que trabalha no gabinete historicamente utilizado pelas esposas dos presidentes.

A partir do gabinete reservado à primeira-dama, Zapata fez contato com empresários supostamente envolvendo obras públicas.

Alvaro García explicou que se investiga como tudo pode ter acontecido sem que o presidente fosse informado.

O gabinete destinado à primeira-dama foi ocupado inicialmente pela irmã de Morales, em 2006, e depois passou a ser utilizado para trabalhos administrativos, já que o presidente é solteiro.

Zapata, que teve um filho há oito ou nove anos com Morales, foi gerente da empresa chinesa CAMC, que conquistou diversas obras junto ao governo boliviano . Segundo as investigações, Zapata teria enviado diversas cartas em nome do governo à entidades para conseguir contratos públicos.

"Se Gabriela Zapata operava a partir do gabinete da Presidência, é preciso investigar o ministro" Juan Ramón Quintana, braço direito de Morales, disse o deputado opositor Oscar Ortiz no Twitter.

No final de semana passado, outros dois funcionários vinculados a Quintana foram detidos por seu envolvimento com Zapata.

Gabriela Zapata foi acusada formalmente dos crimes de legitimação de ganhos ilícitos, enriquecimento ilícito e tráfico de influência, na qualidade de gerente da empresa chinesa que se beneficiou de contratos milionários com o Estado.

Gabriela permanece detida à espera de que um juiz instrua sua prisão formal.

No começo do mês, o jornalista Carlos Valverde revelou que, há 10 anos, Gabriela teve um relacionamento com Morales, com quem teve um filho.

Morales reconheceu que Gabriela foi sua companheira e que teve com ela um filho, que veio a falecer. Disse ainda que, em seguida, os dois encerraram o relacionamento.

Na semana passada, uma tia de Zapata revelou que a criança não morreu e que está com oito ou nove anos.

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Gabriela Zapata, ex-companheira do presidente boliviano, Evo Morales , detida por suposto tráfico de influência, usou o gabinete destinado à primeira-dama para fazer negócios, com a ajuda de uma funcionária pública que foi detida nesta segunda-feira, informou o governo.

Segundo o vice-presidente Álvaro García, Zapata recebeu o apoio da diretora da Unidade de Gestão Social, Cristina Choque, que trabalha no gabinete historicamente utilizado pelas esposas dos presidentes.

A partir do gabinete reservado à primeira-dama, Zapata fez contato com empresários supostamente envolvendo obras públicas.

Alvaro García explicou que se investiga como tudo pode ter acontecido sem que o presidente fosse informado.

O gabinete destinado à primeira-dama foi ocupado inicialmente pela irmã de Morales, em 2006, e depois passou a ser utilizado para trabalhos administrativos, já que o presidente é solteiro.

Zapata, que teve um filho há oito ou nove anos com Morales, foi gerente da empresa chinesa CAMC, que conquistou diversas obras junto ao governo boliviano . Segundo as investigações, Zapata teria enviado diversas cartas em nome do governo à entidades para conseguir contratos públicos.

"Se Gabriela Zapata operava a partir do gabinete da Presidência, é preciso investigar o ministro" Juan Ramón Quintana, braço direito de Morales, disse o deputado opositor Oscar Ortiz no Twitter.

No final de semana passado, outros dois funcionários vinculados a Quintana foram detidos por seu envolvimento com Zapata.

Gabriela Zapata foi acusada formalmente dos crimes de legitimação de ganhos ilícitos, enriquecimento ilícito e tráfico de influência, na qualidade de gerente da empresa chinesa que se beneficiou de contratos milionários com o Estado.

Gabriela permanece detida à espera de que um juiz instrua sua prisão formal.

No começo do mês, o jornalista Carlos Valverde revelou que, há 10 anos, Gabriela teve um relacionamento com Morales, com quem teve um filho.

Morales reconheceu que Gabriela foi sua companheira e que teve com ela um filho, que veio a falecer. Disse ainda que, em seguida, os dois encerraram o relacionamento.

Na semana passada, uma tia de Zapata revelou que a criança não morreu e que está com oito ou nove anos.

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