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Evo Morales culpa secretário da OEA por violência na Venezuela

Protestos da oposição venezuelana completaram na segunda-feira uma semana com um saldo de pelo menos 1 morto, dezenas de detidos e feridos

Evo Morales: "Luis Almagro é responsável pela violência na Venezuela e será responsável pela intervenção" (Getty Images/Getty Images)

Evo Morales: "Luis Almagro é responsável pela violência na Venezuela e será responsável pela intervenção" (Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2017 às 12h22.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, responsabilizou nesta quarta-feira o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pela violência ocorrida na Venezuela em meio aos protestos da oposição do país.

"OEA: Luis Almagro é responsável pela violência na Venezuela e será responsável pela intervenção", escreveu Morales em sua conta no Twitter, @evoespueblo.

O governante também sustentou que "na Venezuela, grupos de choque buscam golpe de Estado" e, em seu julgamento, "Luis Almagro não os repudia, pelo contrário".

Os protestos da oposição venezuelana completaram na segunda-feira uma semana com um saldo de pelo menos 1 morto, dezenas de detidos e feridos, em meio à tensão que pela sentença que passou as funções do Parlamento ao Supremo Tribunal venezuelano, revogada dias depois.

Os protestos da última semana deixaram mais de 200 feridos, segundo a oposição, e a organização não-governamental Fórum Penal Venezuelano fala de 134 detidos.

Estas manifestações ocasionaram também vários danos, produto dos enfrentamentos com a polícia e atos de vandalismo de grupos encapuzados que participam entre as multidões opositoras para repelir os agentes.

Evo Morales é aliado do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seus governos fazem parte da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba).

Os desencontros entre o governante boliviano e Almagro são recorrentes desde que este último invocou a Carta Democrática da OEA para impor sanções a Venezuela.

Morales também acusou em várias ocasiões o secretário do organismo de antepor os interesses de Estados Unidos sobre os dos povos latino-americanos.

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