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Evo Morales critica OEA e diz que entidade serve ao "império" dos EUA

Ex-presidente da Bolívia, que renunciou ao cargo no último domingo, afirmou que a entidade tomou uma decisão política e não técnica ou legal

Evo Morales: ex-presidente da Bolívia está asilado no México (Edgard Garrido/Reuters)

Evo Morales: ex-presidente da Bolívia está asilado no México (Edgard Garrido/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 15h02.

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales atacou nesta quarta-feira (13) as conclusões da Organização dos Estados Americanos (OEA) de que houve sérias irregularidades durante a eleição de 20 de outubro, que levaram a protestos que provocaram sua renúncia.

"A OEA tomou uma decisão política, não uma decisão técnica ou legal", disse Morales em entrevista coletiva na Cidade do México, onde ele chegou na condição de asilado na terça-feira. "A OEA está a serviço do império norte-americano", disse.

Morales também afirmou que está disposto a retornar à Bolívia caso o povo boliviano lhe peça. O ex-presidente boliviano recebeu asilo por “razões humanitárias” e por correr risco de morte, segundo as autoridades mexicanas.

Renúncia

Na noite de domingo, 10, Evo denunciou que havia uma ordem de “prisão ilegal” contra ele. “Denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um oficial da polícia anunciou publicamente que tem a instrução de executar uma ordem de prisão ilegal contra a minha pessoa”, tuitou ele, que anunciou também que “grupos violentos” atacaram sua casa.

Além de Morales, três ministros e o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, também entregaram seus cargos na tarde do domingo.

Antes do anúncio da renúncia, Morales havia convocado novas eleições presidenciais, o que reacendeu a pressão de políticos da oposição e de manifestantes pela saída do presidente. As forças armadas da Bolívia haviam pedido que o presidente entregasse o cargo para um processo de pacificação do país.

Na manhã do domingo, a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um comunicado recomendando que a Bolívia anulasse as eleições de outubro – que deram a Morales o que seria seu quarto mandato consecutivo – e convocasse um novo pleito.

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