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Europol alerta que EI está desenvolvendo própria rede social

A nova plataforma online foi descoberta durante uma operação de 48 horas contra extremismo na internet na última semana

EI: mais de 2 mil itens de extermistas foram identificados, hospedados em 52 plataformas de rede social (Muhammad Hamed/Reuters)

EI: mais de 2 mil itens de extermistas foram identificados, hospedados em 52 plataformas de rede social (Muhammad Hamed/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2017 às 13h53.

Londres - Militantes do Estado Islâmico estão desenvolvendo sua própria plataforma de rede social para evitar repressões de segurança nas comunicações e propaganda do grupo, disse o líder do Serviço Europeu de Polícia (Europol) nesta quarta-feira.

O diretor da Europol, Rob Wainwright, disse que a nova plataforma online foi descoberta durante uma operação de 48 horas contra extremismo na internet na última semana.

"Dentro dessa operação foi revelado que o Estado Islâmico está desenvolvendo sua própria plataforma de rede social, sua própria parte da internet para executar seus interesses", disse Wainwright em uma conferência de segurança em Londres. "Isso mostra que alguns membros do Daesh (EI), pelo menos, continuam inovando nesse espaço".

Durante uma ação coordenada pela Europol contra o Estado Islâmico e a Al Qaeda, que envolveu agentes dos Estados Unidos, Bélgica, Grécia, Polônia e Portugal, mais de 2 mil itens de extermistas foram identificados, hospedados em 52 plataformas de rede social.

Jihadistas têm dependido frequentemente de redes sociais convencionais para comunicações online e para difundir propaganda do grupo, com canais privados do aplicativo de mensagens Telegram sendo especialmente populares no último ano.

Companhias de tecnologia, como Facebook e Google, estão sob crescente pressão política para fazer mais para derrubar material extremista online e para tornar mais difícil para que grupos como o Estado Islâmico se comuniquem por meio de serviços criptografados, evitando detecção por serviços de segurança.

Entretanto, Wainwright disse que o Estado Islâmico, ao criar seu próprio serviço, está respondendo à pressão conjunta de agências de inteligência, forças policiais e ao setor de tecnologia, e está tentando encontrar uma saída.

"Nós certamente tornamos muito mais difícil para que eles operem nesse espaço, mas ainda estamos vendo a publicação desses vídeos horríveis, e comunicação sendo operada em grande escala por toda a internet", disse Wainwright, acrescentando que ele não sabe se vai ser mais difícil tecnicamente derrubar a própria plataforma do Estado Islâmico.

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