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Europa atua para reduzir dependência da Rússia no setor de energia

Os preços do gás natural atingiram novo recorde nesta quinta-feira pelo segundo dia consecutivo

(Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de março de 2022 às 15h14.

Última atualização em 3 de março de 2022 às 15h41.

A Europa luta para reduzir sua dependência da Rússia no setor de energia, enquanto se prepara para potenciais problemas no abastecimento crucial de gás natural e a guerra da Rússia na Ucrânia leva os preços a novas máximas. Os preços do gás natural atingiram novo recorde nesta quinta-feira pelo segundo dia consecutivo, com restrições sobre o petróleo e o gás vistas cada vez mais como uma possibilidade, no oitavo dia de confronto — seja por sanções do Ocidente, seja por retaliação russa.

Isso poderia significar ainda mais impacto para o orçamento das pessoas: os preços de energia estão elevados há meses por causa dos baixos estoques, o que eleva custos de uma série de itens, desde a própria conta de energia até doces, com os negócios repassando custos aos clientes.

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O preço do gás está dez vezes acima do nível do início de 2021. Mas ele continua a fluir pelos gasodutos da Rússia para a Europa, inclusive aqueles que passam pela Ucrânia, segundo empresas do setor.

Para se preparar para eventuais cortes e reduzir a dependência da Rússia, países têm buscado novas ofertas de gás natural liquefeito, por embarque marítimo.

Eles também aceleram planos para terminais de importação de gás e gasodutos que não dependam da Rússia e avaliam permitir usinas de energia movidas a carvão, desacelerando a transição climática a fim de ter mais independência energética.

Muitas das medidas, porém, devem levar meses ou, no caso de novos dutos e terminais, anos. A Europa recebe quase 40% de seu gás da Rússia. Enquanto isso, os países da União Europeia também trabalham para estabelecer uma reserva estratégica de gás e os requisitos para estoque.

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