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Europa agita-se com risco de falência imediata da Grécia

Novo pacote de medidas de austeridade deve ser votado na quarta ou quinta-feira pelo Parlamento grego

Comissário europeu dos Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 17h10.

Bruxelas - O risco de uma falência imediata da Grécia é um perigo para o euro e para a economia mundial: a Europa deixou uma mensagem de medo para que o Parlamento grego assuma suas responsabilidades na votação crucial do impopular plano de austeridade que está sendo debatido.

O Parlamento grego agendou votação para a quarta ou quinta-feira do novo pacote de medidas que prevê cortes orçamentários de 28,4 bilhões de euros para 2015 e privatizações no valor de 50 bilhões adicionais para reduzir a enorme dívida do país, que ultrapassa 150% do PIB.

O plano é "a única maneira de evitar o não pagamento imediato" da Grécia e "não há um plano B", garantiu nesta terça-feira o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn.

A crise grega "ameaça desestabilizar outras economias da zona do euro e o bom funcionamento da união monetária, com graves efeitos nas perspectivas de crescimento em grandes partes da Europa e fora", afirmou o comissário Joaquín Almunia.

"As próximas horas serão decisivas (...) não apenas para o povo grego, mas também para a zona do euro e inclusive para a estabilidade da economia mundial", disse o presidente da UE, Herman Van Rompuy, no Parlamento europeu.

O novo plano de austeridade, imposto pelos credores da Grécia, é a condição para a entrega da quinta parcela de 12 bilhões de euros do empréstimo de 110 bilhões concedido em maio de 2010 pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional por um período de três anos, e imprescindível para evitar a falência do país.

Também está em jogo o segundo pacote de ajuda de uma quantia semelhante à primeira, solicitado formalmente pelo governo grego na semana passada.


"A Europa só poderá ajudar a Grécia se a Grécia ajudar ela mesma", disse Rehn.

Os ministros de Finanças da zona do euro, que vão se reunir no próximo domingo, podem liberar os 12 bilhões de euros, além da nova ajuda, mas a Comissão Europeia e o ministro holandês de Finanças, Jan Kees De Jager, deram a entender que o segundo empréstimo pode esperar um pouco mais.

A explosão de declarações alarmistas desta terça-feira tenta afastar os rumores dos últimos dias sobre a possibilidade de um plano B caso o Parlamento grego vote contra as medidas de austeridade.

O ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble, afirmou que "tudo deve ser pensado e organizado para enfrentar o pior" e um alto funcionário europeu havia anunciado na segunda-feira, sob a condição de anonimato, que está sendo preparando um plano B, garantindo que "a próxima etapa não será o não pagamento".

Os responsáveis da UE voltaram a pressionar os deputados gregos.

Sem este voto "não será entregue mais dinheiro e (a dívida grega) terá de ser reestruturada", afirmou o ministro eslovaco de Finanças, Ivan Miklos.

Os europeus repetem insistentemente e lembram que os dirigentes políticos gregos devem "assumir suas responsabilidades".

"A Europa não é a responsável pelos problemas. Os problemas começaram há dez anos", afirma Herman Van Rompuy, ao denunciar "a falta de (responsabilidade) política, a falta de supervisão" das contas da Grécia e "uma fraude fiscal maciça".

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Bruxelas - O risco de uma falência imediata da Grécia é um perigo para o euro e para a economia mundial: a Europa deixou uma mensagem de medo para que o Parlamento grego assuma suas responsabilidades na votação crucial do impopular plano de austeridade que está sendo debatido.

O Parlamento grego agendou votação para a quarta ou quinta-feira do novo pacote de medidas que prevê cortes orçamentários de 28,4 bilhões de euros para 2015 e privatizações no valor de 50 bilhões adicionais para reduzir a enorme dívida do país, que ultrapassa 150% do PIB.

O plano é "a única maneira de evitar o não pagamento imediato" da Grécia e "não há um plano B", garantiu nesta terça-feira o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn.

A crise grega "ameaça desestabilizar outras economias da zona do euro e o bom funcionamento da união monetária, com graves efeitos nas perspectivas de crescimento em grandes partes da Europa e fora", afirmou o comissário Joaquín Almunia.

"As próximas horas serão decisivas (...) não apenas para o povo grego, mas também para a zona do euro e inclusive para a estabilidade da economia mundial", disse o presidente da UE, Herman Van Rompuy, no Parlamento europeu.

O novo plano de austeridade, imposto pelos credores da Grécia, é a condição para a entrega da quinta parcela de 12 bilhões de euros do empréstimo de 110 bilhões concedido em maio de 2010 pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional por um período de três anos, e imprescindível para evitar a falência do país.

Também está em jogo o segundo pacote de ajuda de uma quantia semelhante à primeira, solicitado formalmente pelo governo grego na semana passada.


"A Europa só poderá ajudar a Grécia se a Grécia ajudar ela mesma", disse Rehn.

Os ministros de Finanças da zona do euro, que vão se reunir no próximo domingo, podem liberar os 12 bilhões de euros, além da nova ajuda, mas a Comissão Europeia e o ministro holandês de Finanças, Jan Kees De Jager, deram a entender que o segundo empréstimo pode esperar um pouco mais.

A explosão de declarações alarmistas desta terça-feira tenta afastar os rumores dos últimos dias sobre a possibilidade de um plano B caso o Parlamento grego vote contra as medidas de austeridade.

O ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble, afirmou que "tudo deve ser pensado e organizado para enfrentar o pior" e um alto funcionário europeu havia anunciado na segunda-feira, sob a condição de anonimato, que está sendo preparando um plano B, garantindo que "a próxima etapa não será o não pagamento".

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Sem este voto "não será entregue mais dinheiro e (a dívida grega) terá de ser reestruturada", afirmou o ministro eslovaco de Finanças, Ivan Miklos.

Os europeus repetem insistentemente e lembram que os dirigentes políticos gregos devem "assumir suas responsabilidades".

"A Europa não é a responsável pelos problemas. Os problemas começaram há dez anos", afirma Herman Van Rompuy, ao denunciar "a falta de (responsabilidade) política, a falta de supervisão" das contas da Grécia e "uma fraude fiscal maciça".

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