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EUA suspendem embargo de armas ao Vietnã

Durante um almoço de Estado suntuoso em Hanói, o presidente vietnamita, Tran Dai Quang, brindou a primeira visita de Obama ao país


	Obama desembando ontem em Hanói: em almoço de Estado suntuoso, o presidente vietnamita brindou a primeira visita de Obama
 (REUTERS/Carlos Barria)

Obama desembando ontem em Hanói: em almoço de Estado suntuoso, o presidente vietnamita brindou a primeira visita de Obama (REUTERS/Carlos Barria)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 10h29.

Hanói - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira que Washington irá suspender totalmente um embargo à venda de armas letais ao Vietnã, enfatizando o avanço nas relações entre os dois ex-inimigos em meio a um cenário de tensões crescentes com Pequim por causa do Mar do Sul da China.

Durante um almoço de Estado suntuoso em Hanói, o presidente vietnamita, Tran Dai Quang, brindou a primeira visita de Obama ao país como a chegada de uma primavera calorosa após um inverno de frio intenso.

Obama, terceiro mandatário norte-americano a visitar o Vietnã desde que os laços entre as duas nações foram reestabelecidos em 1995, fez do "reequilíbrio" estratégico com a região um dos pilares de sua política externa.

O Vietnã, onde os EUA guerrearam até 1975, se tornou uma parte essencial dessa estratégia em um pano de fundo de crescimento do poderio militar chinês e de seus clamores de soberania no Mar do Sul da China.

A decisão de encerrar o embargo de armas, que se deu após um debate intenso dentro do governo Obama, leva a crer que as preocupações dos EUA com a assertividade da China pesaram mais do que os argumentos de que o Vietnã não fez o suficiente para melhorar seu histórico de direitos humanos e que Washington irá perder a chance para pressionar por reformas.

Em uma coletiva de imprensa com Quang, Obama disse que as disputas no Mar do Sul da China deveriam ser resolvidas pacificamente, e não por quem "tem a mão mais pesada", mas insistiu que a suspensão do embargo não tem relação com a China.

Mais tarde ele acrescentou que sua visita a um ex-rival mostrou que "os corações podem mudar e que a paz é possível", e que a venda de armas irá depender do comitê de direitos humanos do Vietnã e será analisada caso a caso para se concretizar.

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