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EUA sancionam dois funcionários turcos por prisão de pastor americano

A porta-voz da Casa Branca afirmou que o pastor americano foi vítima de um tratamento injustificado por parte do governo turco

Andrew Brunson, pastor americano detido na Turquia, acusado de terrorismo (Demiroren News Agency, DHA/Reuters)

Andrew Brunson, pastor americano detido na Turquia, acusado de terrorismo (Demiroren News Agency, DHA/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 15h04.

Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 16h30.

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a imposição de sanções econômicas contra os ministros de Justiça da Turquia, Abdülhamit Gül, e de Interior, Suleyman Soylu, pelo papel de ambos na prisão do pastor protestante americano Andrew Brunson no país.

"A detenção injusta do pastor Brunson e a sequência das ações contra eles é simplesmente inaceitável", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, ao revelar as sanções impostas aos turcos.

As relações entre Turquia e Estados Unidos vivem um momento de tensão devido à situação de Brunson, preso em outubro de 2016 após ser acusado de terrorismo. Recentemente, a Justiça o enviou para prisão domiciliar para aguardar julgamento. Ele nega as acusações.

Além disso, a Casa Branca acusou os ministros turcos de terem cometido graves violações aos direitos humanos.

Como consequência das sanções, os ativos que os ministros turcos tiverem sob jurisdição americana serão bloqueado. Cidadãos e empresas americanas também ficam proibidas de realizar negócios com eles, indicou o Departamento de Tesouro dos EUA.

A porta-voz da Casa Branca explicou que o presidente dos EUA, Donald Trump, falou sobre Brunson em "várias ocasiões" com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e que "não está contente" com a decisão de não libertá-lo.

O Ministério Público da Turquia pede até 20 anos de prisão para o pastor americano ao considerar que ele tem laços com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma das guerrilhas separatistas curdas do país. Ele também é acusado de ser ligado ao clérigo islamita Fethullah Güllen, exilado nos EUA, apontado por Erdogan como o responsável pelo fracassado golpe de estado de 2016.

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