Mundo

EUA reforçam interesse em investir na energia do Brasil

Hillary Clinton discutiu o tema durante o dia com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster

Os Estados Unidos desejam pelo menos dobrar a participação de empresas do país na área de energia no Brasil (Antonio Cruz/ABr)

Os Estados Unidos desejam pelo menos dobrar a participação de empresas do país na área de energia no Brasil (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 21h23.

Brasília - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, reforçou nesta segunda-feira, em visita a Brasília, o interesse dos Estados Unidos em investir nas áreas de energia e petróleo no Brasil, em especial na exploração do pré-sal.

Hillary discutiu o tema durante o dia com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, que reafirmou que a cooperação entre os dois países na área energética é estratégica e que novos passos na cooperação estão em planejamento.

"Existe a ideia de se estabelecer um grupo envolvendo o setor privado norte-americano e a Petrobras para examinar formas de cooperação", disse Patriota à imprensa após o encontro com Hillary.

Os Estados Unidos desejam pelo menos dobrar a participação de empresas do país na área de energia no Brasil, tanto no fornecimento de maquinário como na exploração de petróleo, disseram à Reuters autoridades do governo norte-americano nesta segunda-feira, sem projetar o volume dos recursos a serem investidos.

Hillary, que chegou na noite de domingo a Brasília, teve um encontro privado com a presidente da Petrobras. Os temas centrais da conversa foram as formas de cooperação no pré-sal, onde o Brasil conta com reservas gigantes de petróleo, com grandes áreas a serem exploradas.

"Ela é uma pessoa com muito conhecimento e extremamente prática. Ela sabe muito do que estará acontecendo na exploração de águas profundas na costa do Brasil e o quanto isso necessita de altos investimentos", disse Hillary ao comentar que ficou "impressionada" com Graça Foster.

Ela afirmou que colocou a experiência dos Estados Unidos com exploração de águas profundas à disposição da petroleira brasileira.

"O que o Brasil está fazendo é complicado, desafiador, caro, e há formas nas quais o nosso governo e nossas empresas petrolíferas internacionais poderiam ter expertise e tecnologia para serem parceiras da Petrobras", disse Hillary.

A empresários com quem se reuniu no início da tarde, Hillary afirmou que Estados Unidos e Brasil mantêm uma parceria estratégica em áreas de inovação tecnológica e citou o desenvolvimento de um biocombustível para aviões.

Ao mesmo grupo, o secretário do Interior norte-americano, Ken Salazar, foi mais incisivo, afirmando que os Estados Unidos estão prontos para trocar experiências com o Brasil sobre exploração de petróleo em águas profundas.


Ele colocou a parceria nas áreas de óleo e gás entre os dois países como prioridade nas próximas décadas, assim como o turismo.

Tanto funcionários do governo norte-americano quanto representantes do ramo empresarial afirmaram que o caso Chevron preocupa, mas não deve afastar investidores.

A Chevron, segunda maior companhia de petróleo norte-americana, vem sendo alvo de investigações e processos judiciais após o vazamento de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos.

Hillary afirmou nesta noite que conversou sobre o vazamento da Chevron com Graça Foster e disse que o caminho da exploração petrolífera é "desafiante", mas "importante para o Brasil".

Acompanhe tudo sobre:Brasil-EUACapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisHillary ClintonIndústriaIndústria do petróleoIndústrias em geralPetrobrasPetróleoPolíticos

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano