EUA querem liberar 40 bilhões de dólares adicionais para a Ucrânia
Recursos deverão permitir que a Ucrânia se equipe com veículos blindados, fortaleça sua defesa antiaérea e lute contra ataques cibernéticos
AFP
Publicado em 10 de maio de 2022 às 15h45.
O Congresso dos Estados Unidos, alinhado ao apoio inquebrável do presidente Joe Biden a Kiev no conflito com a Rússia, debate um novo pacote de ajuda financeira de quase 40 bilhões de dólares para a Ucrânia, com uma possível primeira votação prevista para esta terça-feira, 10.
Estes recursos deverão permitir que a Ucrânia se equipe com veículos blindados, fortaleça sua defesa antiaérea e lute contra ataques cibernéticos em um momento no qual os combates continuam no leste e no sul do país.
Também está previsto a destinação de alguns bilhões de dólares para garantir "a continuidade das instituições democráticas ucranianas", assim como um grande componente humanitário para enfrentar a invasão ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, desde 24 de fevereiro.
Por várias semanas, Biden vem pedindo ao Congresso norte-americano 33 bilhões de dólares para ajudar a Ucrânia. Mas na noite de segunda-feira, os líderes legislativos democratas e republicanos acordaram em aumentar ainda mais a assistência e chegaram a um compromisso próximo dos US$ 40 bilhões.
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Os membros da Câmara de Representantes (baixa) poderão aprovar esta dotação na noite desta terça, antes de uma votação decisiva no Senado no final desta semana ou no começo da próxima.
"Aprovar este financiamento de emergência rapidamente é essencial para ajudar o povo ucraniano em sua luta contra o cruel Putin", insistiu o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, nesta terça-feira.
Em um Congresso acostumado às disputas políticas, estas medidas contam com um apoio bipartidário muito amplo.
Em um comunicado na segunda-feira, Biden insistiu para que o Congresso vote "imediatamente" este financiamento. Há, segundo o Executivo norte-americano, urgência.
"Avaliamos que o presidente Putin está se preparando para um conflito prolongado na Ucrânia", disse a diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, em uma sessão no Capitólio.
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Ela acrescentou que o presidente russo provavelmente espera uma redução do apoio do Ocidente para Kiev, enquanto o conflito continua provocando escassez de alimentos e inflação, incluindo o aumento vertiginoso dos preços da energia.
Tradicional aliado na política externa dos presidentes norte-americanos, o Congresso já liberou quase 14 bilhões de dólares para a crise da Ucrânia em meados de março, depois de escutar o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, comparar o conflito de seu país com as horas mais obscuras da História estadunidense, como o ataque a Pearl Harbor e os atentados do 11 de setembro de 2001.
Biden promulgou na segunda-feira a criação de um programa que facilitará que os EUA enviem equipamento militar para a Ucrânia, mais de 80 anos depois de um plano similar ter iniciado a participação norte-americana na Segunda Guerra Mundial.
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