Mundo

EUA procuram informações sobre fuzileiro que matou policiais

O coronel Mike Edmonson, superintendente da Polícia Estadual da Louisiana, onde fica Baton Rouge, disse que se acredita que o atirador agiu sozinho


	Atirador: dois agentes do Departamento de Polícia de Baton Rouge e um assistente de xerife foram mortos
 (Joe Penney / Reuters)

Atirador: dois agentes do Departamento de Polícia de Baton Rouge e um assistente de xerife foram mortos (Joe Penney / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2016 às 10h31.

Baton Rouge - As autoridades norte-americanas tentavam descobrir nesta segunda-feira mais informações sobre um ex-fuzileiro naval condecorado que matou três policiais na cidade de Baton Rouge duas semanas depois de a polícia local ter matado a tiros um homem negro, desencadeando protestos nacionais, incluindo um que foi interrompido pelo assassinato de cinco policiais em Dallas.

O suspeito de Baton Rouge, vestido de preto e armado com um fuzil, foi morto a tiros na manhã de domingo em uma troca de tiros com a polícia, que convergiu à cena de um confronto que o prefeito da localidade, Kip Holden, disse ter começado como um ataque "parecido a uma emboscada".

Dois agentes do Departamento de Polícia de Baton Rouge e um assistente de xerife foram mortos, e outro assistente está gravemente ferido. Outro policial e mais um assistente sofreram ferimentos menos sérios.

O coronel Mike Edmonson, superintendente da Polícia Estadual da Louisiana, onde fica Baton Rouge, disse em uma coletiva de imprensa que se acredita que o atirador agiu sozinho.

Não ficou claro de imediato se existe uma ligação entre a matança e a revolta despertada pelas mortes de dois negros, causadas por policiais em circunstâncias questionáveis, neste mês --Alton Sterling, de 37 anos, em Baton Rouge, no dia 5 de julho, e Philando Castile, de 32 anos, perto de St. Paul, em Minnesota, em 6 de julho.

A polícia não identificou o suspeito, mas uma autoridade do governo norte-americano disse à Reuters se tratar de Gavin Long, de Kansas City, no Missouri. Long, um negro, tinha 29 anos.

De acordo com o Pentágono, Long serviu nos fuzileiros navais de 2005 a 2010, chegando ao posto de sargento. Especialista em redes de dados, ele foi enviado ao Iraque, onde ficou de junho de 2008 a janeiro de 2009, recebendo várias medalhas e comendas.

As autoridades não quiseram especular a respeito do motivo do ataque em Baton Rouge, uma cidade com um longo histórico de desconfiança entre afro-americanos e agentes da lei, que foi novamente atiçada pela morte de Sterling.

Publicações nas redes sociais ligadas a um indivíduo chamado Gavin Long e a um endereço de Kansas City que foi cercado pela polícia incluíam um vídeo postado no YouTube em 10 de julho no qual ele se dizia farto dos maus tratos de negros e insinuando que só a violência e a pressão financeira trariam mudanças.

Ele também afirma estar falando de Dallas, onde havia comparecido a uma manifestação.

Em outro vídeo, ele deu a entender que, caso "algo acontecesse" com ele, queria que os espectadores soubessem que ele "não era afiliado" a nenhum movimento ou grupo em particular.

"Sou afiliado ao espírito de justiça, nem mais, nem menos", disse. "Penso com minha própria cabeça, tomo minhas próprias decisões".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Países ricosPoliciais

Mais de Mundo

Eleições no Reino Unido: entenda a disputa que deve levar trabalhistas de volta ao poder

ONU afirma que Venezuela restringe liberdades à medida que eleições se aproximam

Milhares de pessoas são retiradas por incêndio fora de controle na Califórnia; veja fotos

Eleições na Venezuela: campanha começa em meio a crise gerada pelo furacão Beryl

Mais na Exame