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EUA processa prisões por não oferecer refeições kosher

Autoridades federais pedem à Justiça que obrigue a Flórida a oferecer a seus prisioneiros menus que respeitem os preceitos da religião judia


	As prisões da Flórida ofereceram este tipo de alimentação até agosto de 2007
 (Giuseppe Cacace/AFP)

As prisões da Flórida ofereceram este tipo de alimentação até agosto de 2007 (Giuseppe Cacace/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 19h20.

Miami - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos processou o organismo responsável pela gestão das prisões do estado da Flórida por não oferecer a seus presos a opção de refeições kosher.

Em processo interposto na terça-feira no Tribunal Federal de Miami e acessível nesta quinta-feira no arquivo eletrônico do sistema judiciário americano, as autoridades federais pedem à Justiça que obrigue a Flórida a oferecer a seus prisioneiros menus que respeitem os preceitos da religião judia.

''Ao se negar a oferecer comida kosher, o Departamento de Prisões da Flórida (FDC, na sigla em inglês) força centenas de seus prisioneiros a violar suas crenças religiosas diariamente'', explica o Departamento de Justiça em sua reivindicação.

O documento lembra que ''manter a dieta kosher é um princípio fundamental do judaísmo e de outras tradições religiosas observadas por presos nas instalações do FDC''.

Segundo é detalhado no processo, as prisões da Flórida ofereceram este tipo de alimentação até agosto de 2007 a cerca de 250 presos. Agora oferece apenas a uma dúzia de prisioneiros, através de um programa piloto criado em um centro do sul do estado no qual foram investidos US$ 11.668 para adaptar a cozinha. O gasto diário é de apenas US$ 4,7.

Esse programa ''demonstra que o FDC pode sim oferecer comidas kosher'', garante o Departamento de Justiça, que aponta que as prisões deste estado oferecem refeições vegetarianas de diferentes graus.

Sempre de acordo com os dados do processo, o sistema correcional da Flórida mantém em prisão mais de 100 mil pessoas em 146 centros diferentes. Para isso, a entidade conta com um orçamento de US$ 2,4 bilhões anuais e emprega 25 mil pessoas.

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