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EUA preocupados com armas russas na Venezuela

Governo americano defendeu a atualização do arsenal latino-americano, mas disse temer que as armas acabem em mãos erradas

Helicoptero do exército Venezuelano se apresenta em Caracas (ArielR/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 19h30.

Washington - Os Estados Unidos estão preocupados que as automáticas que a Rússia vendeu à Venezuela terminem em mãos erradas, segundo declarou nesta quarta-feira o chefe do Comando Sul, general Douglas Fraser.

A venda de armamento por parte da Rússia a países latino-americanos é uma oportunidade para essas nações atualizarem os recursos de suas forças armadas, acrescentou Fraser durante uma audiência no Congresso.

"Mas a principal preocupação dos Estados Unidos por essas transações é o número de armas automáticas para a Venezuela e o potencial de que possam terminar em outras mãos", assinalou Fraser junto a outros chefes de comandos americanos que defenderam seus orçamentos para o ano fiscal 2012.

Desde 2005, o governo de Hugo Chávez comprou mais de 4 bilhões de dólares em aviões, helicópteros de combate e fuzis à Rússia, e no ano passado fez uma nova encomenda a esse país de tanques e mísseis de defesa antiaéreos, aquisições que provocaram críticas de Washington.

Fraser manifestou no passado a preocupação dos Estados Unidos pelas ligações entre o governo de Chávez e a guerrilha colombiana das Farc.

O chefe do Comando Sul afirmou que vê "uma crescente influência" da Rússia, Irã e China na América Latina, mas enfocada nas relações políticas, diplomáticas e comerciais, dentro de um "processo internacional normal".

O Irã busca, com seus nexos na região, "limitar seu isolamento e reduzir a influência dos Estados Unidos", assinalou Fraser.

Além disso, o general assegurou que "não vimos crescimento" no número de membros do movimento palestino Hamas e do libanês Hezbollah na América Latina, e eles se limitam a enviar "apoio financeiro a suas organizações".

Fraser disse que os Estados Unidos mantêm relações militares muito boas com a América Latina, salvo com países como Venezuela e Bolívia. "Mas por decisão deles, que escolheram não colaborar conosco".

Durante a audiência, onde foram debatidos os diferentes desafios de segurança na região, o chefe do Comando Norte, almirante James Winnefeld, elogiou os avanços do governo mexicano de Felipe Calderón na luta contra os carteis da droga.

"Foi uma luta difícil", afirmou Winnefield, reconhecendo, no entanto, a determinação dos policiais e forças armadas mexicanas contra organizações "sofisticadas, impiedosas e bem financiadas".

Fraser ressaltou a preocupação pelo aumento da violência do narcotráfico na América Central, por onde transita entre 60% e 65% da cocaína produzida na América do Sul e que termina nos Estados Unidos.

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Washington - Os Estados Unidos estão preocupados que as automáticas que a Rússia vendeu à Venezuela terminem em mãos erradas, segundo declarou nesta quarta-feira o chefe do Comando Sul, general Douglas Fraser.

A venda de armamento por parte da Rússia a países latino-americanos é uma oportunidade para essas nações atualizarem os recursos de suas forças armadas, acrescentou Fraser durante uma audiência no Congresso.

"Mas a principal preocupação dos Estados Unidos por essas transações é o número de armas automáticas para a Venezuela e o potencial de que possam terminar em outras mãos", assinalou Fraser junto a outros chefes de comandos americanos que defenderam seus orçamentos para o ano fiscal 2012.

Desde 2005, o governo de Hugo Chávez comprou mais de 4 bilhões de dólares em aviões, helicópteros de combate e fuzis à Rússia, e no ano passado fez uma nova encomenda a esse país de tanques e mísseis de defesa antiaéreos, aquisições que provocaram críticas de Washington.

Fraser manifestou no passado a preocupação dos Estados Unidos pelas ligações entre o governo de Chávez e a guerrilha colombiana das Farc.

O chefe do Comando Sul afirmou que vê "uma crescente influência" da Rússia, Irã e China na América Latina, mas enfocada nas relações políticas, diplomáticas e comerciais, dentro de um "processo internacional normal".

O Irã busca, com seus nexos na região, "limitar seu isolamento e reduzir a influência dos Estados Unidos", assinalou Fraser.

Além disso, o general assegurou que "não vimos crescimento" no número de membros do movimento palestino Hamas e do libanês Hezbollah na América Latina, e eles se limitam a enviar "apoio financeiro a suas organizações".

Fraser disse que os Estados Unidos mantêm relações militares muito boas com a América Latina, salvo com países como Venezuela e Bolívia. "Mas por decisão deles, que escolheram não colaborar conosco".

Durante a audiência, onde foram debatidos os diferentes desafios de segurança na região, o chefe do Comando Norte, almirante James Winnefeld, elogiou os avanços do governo mexicano de Felipe Calderón na luta contra os carteis da droga.

"Foi uma luta difícil", afirmou Winnefield, reconhecendo, no entanto, a determinação dos policiais e forças armadas mexicanas contra organizações "sofisticadas, impiedosas e bem financiadas".

Fraser ressaltou a preocupação pelo aumento da violência do narcotráfico na América Central, por onde transita entre 60% e 65% da cocaína produzida na América do Sul e que termina nos Estados Unidos.

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