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EUA podem confiscar prédio em Manhattan por vínculos com o Irã

A decisão ocorre quatro semanas depois do julgamento contra a Alavi Foundation, proprietária da maior parte do edifício na Quinta Avenida

Manhattan: o tribunal estabeleceu que o governo dos EUA provou que a companhia estava envolvida no envio de recursos ao Irã (Lucas Jackson/Reuters)
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EFE

Publicado em 29 de junho de 2017 às 17h51.

Nova York - Um tribunal de Nova York decidiu nesta quinta-feira que o governo dos Estados Unidos tem a autoridade de confiscar um prédio de escritórios que fica na Quinta Avenida, uma das mais famosas de Manhattan, e que teria sido utilizado pelo Irã para receber recursos, burlando as sanções impostas ao país.

A decisão ocorre quatro semanas depois do julgamento contra a Alavi Foundation, proprietária da maior parte do edifício, que se descreve como uma fundação de fins beneficentes nos EUA e que foi estabelecida pelo xá Mohamed Reza Pahlevi em 1970.

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O tribunal estabeleceu que o governo dos EUA provou que a companhia estava envolvida no envio de recursos ao Irã. O imóvel, avaliado em US$ 1 bilhão no mercado, pode ser então confiscado.

"Durante mais de uma década, escondido em plena vista, essa torre de escritórios de 36 andares em Manhattan serviu de fachada para o governo do Irã", afirmou em comunicado o promotor interino do Distrito Sul de Nova York, Joon Kim.

O promotor destacou que o Irã usou a propriedade como um meio para repassar milhões de dólares ao país em "clara violação às sanções impostas pelos EUA".

"Com todos os esforços para sancionar e isolar o Irã, que apoia o terrorismo, os proprietários do 650 Fifth Avenue deram ao governo do Irã um ponto de apoio fundamental no coração de Manhattan, através do qual o governo burlou as sanções econômicas dos EUA", explicou.

Kim indicou, além disso, que a decisão do tribunal representa a expropriação civil mais importante da história do país e indicou que o governo dos EUA pretende dedicar os recursos obtidos com a venda do edifício às vítimas do terrorismo financiado pelo Irã.

"O veredito não só contempla o trabalho exemplar dos promotores, que perseguiram o caso durante quase uma década, mas também permite uma recuperação substancial para as vítimas do terrorismo financiado pelo Irã", concluiu Kim.

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