Mundo

EUA podem congelar até US$ 1,9 bilhão em ajuda ao Paquistão

"São quase dois bilhões de dólares em equipamentos e apoio à coalizão que estão em jogo", expressou o alto funcionário

Paquistão: a Casa Branca pressiona para que Islamabad aumente os ataques a elementos do Talibã (Hasham Ahmed/AFP/AFP)

Paquistão: a Casa Branca pressiona para que Islamabad aumente os ataques a elementos do Talibã (Hasham Ahmed/AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 18h13.

Última atualização em 5 de janeiro de 2018 às 18h39.

O governo dos Estados Unidos poderia congelar até 1,9 bilhão de dólares de ajuda ao Paquistão, um suposto aliado de Washington, disse nesta sexta-feira (5) um alto funcionário americano que pediu para ter a identidade preservada.

Este volume seria o resultado de um corte na ajuda militar direta e também de reduções do "fundo de apoio da coalizão", que desembolsa ao Paquistão gastos pelas operações contra grupos armados, explicou a fonte.

"São quase dois bilhões de dólares em equipamentos e apoio à coalizão que estão em jogo", expressou o alto funcionário.

Depois de mais de uma década da ira americana contra os laços de Islamabad com o Talibã e a rede Haqqani, o funcionário disse que o governo de Donald Trump está determinado a traçar uma linha vermelha.

Funcionários americanos já tinham considerado pouco possível que Washington cortasse todos os recursos ao fundo de apoio à coalizão no Paquistão, e inclusive que poderia haver "isenções" a programas específicos vitais para a segurança nacional dos Estados Unidos.

Entre estes programas se incluem, por exemplo, aqueles destinados a proteger a integridade do armamento nuclear paquistanês.

De acordo com o alto funcionário que falou com a imprensa nesta sexta-feira, "todas as opções estão sobre a mesa", quando se trata de definir os próximos passos, inclusive a retirada do status de "Maior Aliado fora da Otan".

A Casa Branca pressiona para que Islamabad aumente os ataques a elementos do Talibã e outros grupos armados que encontram refúgio na fronteira com o Afeganistão.

Neste sentido, o governo americano considera que a atitude do Paquistão é chave para o fim da guerra no Afeganistão, que já se estende por 17 anos.

Na quinta-feira, o Departamento de Estado anunciou que os Estados Unidos suspenderam a "ajuda de segurança" às forças paquistanesas, à espera de uma "ação decisiva" contra os talibãs.

"Até que o governo paquistanês não tome uma ação decisiva contra os talibãs afegãos e o grupo Haqqani, que consideramos que desestabilizam a região e estão contra o pessoal americano, os Estados Unidos suspenderão este tipo de assistência de segurança ao Paquistão", expressou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)ExércitoPaquistão

Mais de Mundo

Donald Trump nomeia Susie Wiles como chefe de gabinete

Milei terá encontro com Trump na semana que vem nos Estados Unidos

Setores democratas atribuem derrota de Kamala à demora de Biden para desistir da disputa

Pelúcias inspiradas na cultura chinesa viralizam e conquistam o público jovem