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EUA pedem reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Venezuela

Convocação acontece um dia depois que o líder opositor, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício do país

ONU: Conselho de Segurança deve se reunir no próximo sábado (26) (Shannon Stapleton/Reuters)

ONU: Conselho de Segurança deve se reunir no próximo sábado (26) (Shannon Stapleton/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 19h01.

Nações Unidas - Os Estados Unidos solicitaram uma reunião do Conselho de Segurança no próximo sábado para discutir "a crise atual na Venezuela", informou nesta quinta-feira a missão americana na ONU em uma breve mensagem na sua conta do Twitter.

A convocação dos EUA acontece um dia depois que o líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício do país, segundo ele, seguindo a Constituição do país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira que reconhecia Guaidó como presidente legítimo "interino" do país sul-americano.

A reunião deve ser convocada oficialmente pelo presidente temporário do Conselho de Segurança, o dominicano Francisco A. Cortorreal, em processo considerado um mero trâmite.

A autoproclamação de Guaidó gerou divisão na comunidade internacional, entre os que o apoiam e os quem reconhecem Nicolás Maduro como presidente. Além disso, um terceiro grupo solicitou a realização de eleições transparentes.

Junto aos EUA, os governos de Brasil, Canadá, Argentina, Paraguai, Colômbia, Peru, Costa Rica, Chile, Honduras e Guatemala, entre outros, demonstraram apoio ao presidente da Assembleia Nacional presidida por Guaidó.

Rússia e China, membros permanentes do Conselho de Segurança e com direito a veto, expressaram apoio ao governo de Maduro e criticaram a "intromissão" dos Estados Unidos nos assuntos internos da Venezuela.

México, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia e Irã também se inclinaram a favor do mandato de Maduro nesta queda de braço pelo poder na Venezuela.

A União Europeia pediu a convocação imediata de eleições críveis na Venezuela. A França, outro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e com direito a veto, também apostou na restauração "da democracia" após "a eleição ilegítima de Maduro em maio de 2018".

Nesta manhã, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu uma investigação "transparente e independente" sobre os incidentes ocorridos na Venezuela, principalmente em relação às vítimas causadas pelos confrontos.

Em declaração durante a participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, Guterres pediu a "diminuição das tensões", de modo que seja feito todo o possível para prevenir a violência.

Guterres também pediu para que todas as partes envolvidas se comprometam com um diálogo político que seja "inclusivo e crível". O objetivo é que se aborde a longa crise do país com respeito ao Estado de direito e aos direitos humanos.

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