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EUA pedem que UE enfatize direitos humanos com Cuba

EUA encorajou a União Europeia a dar ênfase na necessidade de que Cuba aumente o respeito aos direitos humanos durante sua negociação de um acordo


	Presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta o presidente cubano, Raúl Castro: EUA mantêm um diálogo muito bom com a UE em relação a Cuba, disse porta-voz
 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta o presidente cubano, Raúl Castro: EUA mantêm um diálogo muito bom com a UE em relação a Cuba, disse porta-voz (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 08h06.

Washington - O governo dos Estados Unidos encorajou nesta terça-feira a União Europeia (UE) a dar ênfase na necessidade de que Cuba aumente o respeito aos direitos humanos durante sua negociação de um acordo de diálogo político e de cooperação com a ilha caribenha.

"Entendemos que os temas dos direitos humanos e das liberdades fundamentais em Cuba farão parte das negociações de um novo acordo entre UE e Cuba. Isso é importante", disse à Agência Efe uma porta-voz do Departamento de Estado, que pediu o anonimato.

A porta-voz reagiu assim ao anúncio da abertura de negociações entre Bruxelas e Havana, estipulada nesta segunda-feira pelos ministros das Relações Exteriores dos 28 países do bloco europeu, e ressaltou que os Estados Unidos mantêm um "diálogo muito bom" com a UE em relação a Cuba.

"Os Estados Unidos encorajam à UE e todas as nações e organizações que mantenham um diálogo político com o governo cubano a aproveitarem todas as oportunidades públicas e privadas para apoiar um aumento do respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais em Cuba, e a capacidade de todos os cidadãos cubanos de poder determinar o futuro político e econômico de seu país", disse.

Além disso, os Estados Unidos acreditam que "todos os países com representação diplomática em Cuba devem se relacionar abertamente com a sociedade civil cubana através de suas embaixadas em Havana, e durante as visitas de seus funcionários a Cuba".

"O governo cubano continua limitando as liberdades fundamentais, incluídas a liberdade de expressão e de assembleia pacífica, e aumentou o uso de detenções de curto prazo para calar a dissidência pacífica", assinalou a porta-voz.

Precisamente, o Departamento de Estado condenou ontem a prisão do opositor cubano Jorge Luis García Pérez, conhecido como "Antúnez", na semana passada e os supostos maus tratos a sua mulher, Iris Pérez, e os considerou um exemplo do "contínuo assédio do governo cubano" aos dissidentes.

A porta-voz também condenou que Cuba mantenha preso o americano Alan Gross, um funcionário contratado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, sigla em inglês), detido em 2009 e condenado a 15 anos de prisão por "atividades subversivas contra o Estado cubano".

O novo acordo entre UE e Cuba começará a ser negociado enquanto ainda vigora a "posição comum", que rege as relações do bloco com Havana desde 1996, de modo que este passo não significará uma mudança de direção da relação do bloco europeu com o país caribenho, mas a criação de um novo instrumento para aprofundá-los.

A negociação deste acordo é o resultado do pedido que os ministros fizeram a chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton, no final de 2012, para que explorasse as possibilidades de uma nova relação com Cuba.

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