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EUA pedem firmeza à OEA e debate sobre Venezuela

Embaixadora considerou que seria inaceitável que a OEA fique calado perante a situação no país

Manifestante anti-governo durante confronto com as forças policiais na praça Altamira, em Caracas, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 22h57.

Washington - A embaixadora dos EUA na Organização dos Estados Americanos (OEA), Carmen Lomellín, considerou nesta quinta-feira que seria inaceitável que o organismo fique calado perante a situação na Venezuela , motivo pelo qual pediu uma resposta "firme" e respaldou a proposta do Panamá de convocar os chanceleres do continente para debater o assunto.

"O que não é aceitável é que este hemisfério fique calado, que não fale por meio de sua instituição multilateral mais importante", disse Lomellín na sessão a portas fechadas do Conselho Permanente da OEA, segundo uma cópia de sua declaração divulgada pela missão americana.

As possibilidades que os embaixadores convoquem uma reunião de chanceleres do continente ou peçam o envio de uma missão observadora ao país são poucas, segundo fontes consultadas pela Agência Efe que indicam que o mais provável é que os embaixadores emitam uma declaração conjunta sobre a crise política na Venezuela.

Lomellín lembrou que a reunião de hoje foi convocada a pedido do Panamá, que "solicitou formalmente ao Conselho que decida se convoca uma reunião de consulta" de ministros das Relações Exteriores, motivo pelo qual o governo venezuelano anunciou na quarta -feira que rompia relações com esse país.

"Minha delegação considera que uma reunião de consulta poderia ser a próxima medida apropriada e por isso respaldamos sua solicitação. Isso permitiria aos ministros explorar uma ampla gama de opções nas quais a OEA, ou outros, podem facilitar o diálogo e outras soluções que todos queremos para a Venezuela", declarou a embaixadora.

Além disso, opinou que a isso podem somar-se outras "importantes ferramentas da OEA", como uma declaração conjunta.

"Tivemos situações nas quais uma clara declaração deste Conselho, e a constante observação de uma situação, contribuíram para diminuir tensões e a conseguir resoluções satisfatórias", ressaltou.

"Consideramos que muitos elementos do caminho a seguir já foram estipulados virtualmente por todas as nossas delegações: um chamado ao imediato fim da violência; respeito à dissidência pacífica e iniciação de um diálogo significativo. Este diálogo deve contar com a ajuda de um mediador, de um terceiro, que seja aceitável para ambas partes", acrescentou.

Lomellín opinou que a declaração também deve incluir um pedido a que o governo da Venezuela "liberte imediatamente todos os que foram detidos durante o exercício de seu direito ao protesto, entre eles Leopoldo López".

A embaixadora lembrou que há um "coro de vozes" de todo o mundo "que pede ações na Venezuela", motivo pelo qual a ação da OEA "não somente é apropriada mas necessária".

"É essencial que este Conselho e esta Organização se mostrem firmes em favor dos princípios que orientaram este hemisfério durante muitas décadas, que foram consagrados na Carta da OEA e na Carta Democrática Interamericana", concluiu.

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Washington - A embaixadora dos EUA na Organização dos Estados Americanos (OEA), Carmen Lomellín, considerou nesta quinta-feira que seria inaceitável que o organismo fique calado perante a situação na Venezuela , motivo pelo qual pediu uma resposta "firme" e respaldou a proposta do Panamá de convocar os chanceleres do continente para debater o assunto.

"O que não é aceitável é que este hemisfério fique calado, que não fale por meio de sua instituição multilateral mais importante", disse Lomellín na sessão a portas fechadas do Conselho Permanente da OEA, segundo uma cópia de sua declaração divulgada pela missão americana.

As possibilidades que os embaixadores convoquem uma reunião de chanceleres do continente ou peçam o envio de uma missão observadora ao país são poucas, segundo fontes consultadas pela Agência Efe que indicam que o mais provável é que os embaixadores emitam uma declaração conjunta sobre a crise política na Venezuela.

Lomellín lembrou que a reunião de hoje foi convocada a pedido do Panamá, que "solicitou formalmente ao Conselho que decida se convoca uma reunião de consulta" de ministros das Relações Exteriores, motivo pelo qual o governo venezuelano anunciou na quarta -feira que rompia relações com esse país.

"Minha delegação considera que uma reunião de consulta poderia ser a próxima medida apropriada e por isso respaldamos sua solicitação. Isso permitiria aos ministros explorar uma ampla gama de opções nas quais a OEA, ou outros, podem facilitar o diálogo e outras soluções que todos queremos para a Venezuela", declarou a embaixadora.

Além disso, opinou que a isso podem somar-se outras "importantes ferramentas da OEA", como uma declaração conjunta.

"Tivemos situações nas quais uma clara declaração deste Conselho, e a constante observação de uma situação, contribuíram para diminuir tensões e a conseguir resoluções satisfatórias", ressaltou.

"Consideramos que muitos elementos do caminho a seguir já foram estipulados virtualmente por todas as nossas delegações: um chamado ao imediato fim da violência; respeito à dissidência pacífica e iniciação de um diálogo significativo. Este diálogo deve contar com a ajuda de um mediador, de um terceiro, que seja aceitável para ambas partes", acrescentou.

Lomellín opinou que a declaração também deve incluir um pedido a que o governo da Venezuela "liberte imediatamente todos os que foram detidos durante o exercício de seu direito ao protesto, entre eles Leopoldo López".

A embaixadora lembrou que há um "coro de vozes" de todo o mundo "que pede ações na Venezuela", motivo pelo qual a ação da OEA "não somente é apropriada mas necessária".

"É essencial que este Conselho e esta Organização se mostrem firmes em favor dos princípios que orientaram este hemisfério durante muitas décadas, que foram consagrados na Carta da OEA e na Carta Democrática Interamericana", concluiu.

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