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EUA: não há provas de que Paquistão soubesse de Bin Laden

Segundo o secretário de Defesa americano, Robert Gates, documentos e investigação apontam para a não cooperação das autoridades do país

Robert Gates, secretário de Defesa dos Estados Unidos, em vista à Ásia (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Robert Gates, secretário de Defesa dos Estados Unidos, em vista à Ásia (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 22h20.

Washington - Não existem provas de que membros do governo do Paquistão soubessem da presença do ex-líder da Al-Qaeda Osama Bin Laden em Abbottabad, afirmou nesta quarta-feira o secretário de Defesa americano, Robert Gates.

Segundo Gates, "as autoridades americanas têm investigado para tentar descobrir se alguém sabia sobre a presença de Bin Laden, à medida que analisam os documentos encontrados na residência do ex-líder da Al-Qaeda", disse ele em uma conferência de imprensa.

Desde o dia 2 de maio, quando uma operação americana localizou e matou Bin Laden em Abbottabad, cidade localizada ao norte do Paquistão, teve início um forte debate nos Estados Unidos sobre qual deve ser a postura do país frente ao Paquistão, aliado oficial dos EUA na luta contra o terrorismo.

Alguns membros do Congresso Americano têm inclusive pedido o cancelamento da ajuda de Washington ao Paquistão, que recebeu 2,7 bilhões de dólares apenas em 2010.

Contudo, segundo Gates, os Estados Unidos devem continuar com a ajuda ao país, pois, além da falta de provas, os EUA possuem "interesses importantes" no Paquistão, que é um país dotado de armamento nuclear e por onde transita uma parte importante da logística para a guerra no Afeganistão".

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