EUA mantêm proibição de voos para Israel
Agência havia proibido voos na terça após a queda de um foguete perto do aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2014 às 17h24.
Washington - A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos manteve nesta quarta-feira sua proibição aos voos das companhias aéreas americanas a partir ou em direção a Tel Aviv por mais 24 horas, devido à "situação potencialmente perigosa" em Israel e na Faixa de Gaza .
Na terça-feira, a agência havia proibido os voos após a queda de um foguete perto do aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv. Dentro de 24 horas, o órgão vai rever a situação.
Após as pressões de Israel para a retirada desta proibição, a FAA indicou em um comunicado que "trabalha em estreita colaboração" com o governo israelense para "analisar e determinar se os riscos potenciais para a aviação civil americana diminuíram.
Antes desse anúncio da FAA, as principais companhias aéreas dos Estados Unidos já tinham informado que evitariam o espaço aéreo israelense pelo segundo dia consecutivo.
A Delta Airlines informou que seus voos a partir do aeroporto John F. Kennedy de Nova York para Tel Aviv permaneceriam suspensos até novo aviso.
A United Airlines indicou em uma troca de tuítes com a AFP que seus "voos permanecem suspensos até a última ordem", enquanto a US Airways havia indicado anteriormente que esperava poder retomar seus voos a partir da Filadélfia em direção a Tel Aviv na quinta-feira.
Já a Agência Europeia para a Segurança Aérea (EASA) indicou à AFP na terça que recomendaria às empresas europeias que evitassem o aeroporto internacional de Tel Aviv.
Muitas empresas não esperaram as recomendações. As duas maiores companhias aéreas alemãs, Lufthansa e Air Berlin, informaram o cancelamento de seus voos programados para quinta-feira.
A mesma decisão foi tomada por Air France, Brussels Airlines, EasyJet, Air Canada, Finnair, Iberia, LOT e SAS.
Já a russa Aeroflot e a romena TAROM anunciaram a retomada seus voos nesta quarta, após o cancelamento de terça-feira. A companhia israelense El Al aumentou o número de voos para tentar suprir a demanda de viajantes que desejam ir a Israel, mas estão com dificuldades por causa dos cancelamentos.
O secretário de Estado americano, John Kerry, assegurou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que a proibição de voos foi motivada exclusivamente por razões de segurança, e não para pressionar Israel.