EUA insistem que Kerry se reunirá com Putin na Rússia
O Ministério das Relações Exteriores russo informou em comunicado que confia em que a visita de Kerry "sirva para normalizar as relações bilaterais"
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2015 às 17h46.
Washington - O governo dos Estados Unidos voltou a dizer nesta segunda-feira que está "confirmada" a reunião amanhã entre o secretário de Estado americano, John Kerry , e o presidente russo, Vladimir Putin, e rejeitou a afirmação russa que a visita esteja destinada a "normalização" das relações.
Pouco depois de o Departamento de Estado americano anunciar hoje a viagem de Kerry à cidade russa de Sochi, o Kremlin declarou que ainda não está certo que Putin comparecerá a reunião.
A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, garantiu durante sua entrevista coletiva diária que essa reunião "está confirmada", apesar das indicações russas, e que Kerry também se reunirá com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov.
A viagem que Kerry é a primeira que ele faz à Rússia desde maio de 2013, muito antes de começar o conflito na Ucrânia, que dividiu notavelmente ambas as potências.
O Ministério das Relações Exteriores russo informou em comunicado que confia em que a visita de Kerry "sirva para normalizar as relações bilaterais, das que tanto depende a estabilidade internacional".
Harf rejeitou hoje que o objetivo seja "normalizar as relações", já que Estados Unidos e Rússia mantêm laços diplomáticos, e esse é "um termo técnico diplomático" para referir-se a casos em que não existem esses vínculos, como no caso de EUA e Cuba.
"Isto é parte de nosso esforço para manter linhas abertas de comunicação em todos os assuntos onde estamos de acordo e onde não estamos, e achamos que este era um bom momento para nos reunirmos", ressaltou.
A porta-voz lembrou que Kerry fala por telefone com Lavrov "de vez em quando" e que se reuniu com ele em várias ocasiões nos últimos dois anos.
A crise da Ucrânia deteriorou gravemente as relações entre a Rússia e o Ocidente, que acusa Moscou de apoiar militarmente os separatistas do leste ucraniano depois de ter anexado a península da Crimeia.
Perguntada o que mudou na relação com a Rússia para merecer uma viagem de Kerry e uma reunião com Putin justo agora, Harf se limitou a dizer que "fazia sentido" manter um encontro neste momento.
"É importante escutar o presidente Putin e falar com ele diretamente sobre todos estes assuntos (Irã, Síria e Ucrânia). Kerry fala bastante com o ministro Lavrov, mas estes são assuntos muito importantes, e já que vamos para lá, achamos que fazia sentido uma reunião com o presidente Putin", afirmou a porta-voz.
Após visitar Sochi, Kerry viajará à cidade turca de Antalya para participar na quarta-feira em reunião informal dos ministros de Relações Exteriores dos países da Otan.
Na quarta-feira pela noite, Kerry voltará a Washington para participar da cúpula com líderes do Golfo Pérsico organizada pela Casa Branca. No sábado chegará a Pequim (China) para ir depois a Seul (Coreia do Sul) no domingo.
Washington - O governo dos Estados Unidos voltou a dizer nesta segunda-feira que está "confirmada" a reunião amanhã entre o secretário de Estado americano, John Kerry , e o presidente russo, Vladimir Putin, e rejeitou a afirmação russa que a visita esteja destinada a "normalização" das relações.
Pouco depois de o Departamento de Estado americano anunciar hoje a viagem de Kerry à cidade russa de Sochi, o Kremlin declarou que ainda não está certo que Putin comparecerá a reunião.
A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, garantiu durante sua entrevista coletiva diária que essa reunião "está confirmada", apesar das indicações russas, e que Kerry também se reunirá com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov.
A viagem que Kerry é a primeira que ele faz à Rússia desde maio de 2013, muito antes de começar o conflito na Ucrânia, que dividiu notavelmente ambas as potências.
O Ministério das Relações Exteriores russo informou em comunicado que confia em que a visita de Kerry "sirva para normalizar as relações bilaterais, das que tanto depende a estabilidade internacional".
Harf rejeitou hoje que o objetivo seja "normalizar as relações", já que Estados Unidos e Rússia mantêm laços diplomáticos, e esse é "um termo técnico diplomático" para referir-se a casos em que não existem esses vínculos, como no caso de EUA e Cuba.
"Isto é parte de nosso esforço para manter linhas abertas de comunicação em todos os assuntos onde estamos de acordo e onde não estamos, e achamos que este era um bom momento para nos reunirmos", ressaltou.
A porta-voz lembrou que Kerry fala por telefone com Lavrov "de vez em quando" e que se reuniu com ele em várias ocasiões nos últimos dois anos.
A crise da Ucrânia deteriorou gravemente as relações entre a Rússia e o Ocidente, que acusa Moscou de apoiar militarmente os separatistas do leste ucraniano depois de ter anexado a península da Crimeia.
Perguntada o que mudou na relação com a Rússia para merecer uma viagem de Kerry e uma reunião com Putin justo agora, Harf se limitou a dizer que "fazia sentido" manter um encontro neste momento.
"É importante escutar o presidente Putin e falar com ele diretamente sobre todos estes assuntos (Irã, Síria e Ucrânia). Kerry fala bastante com o ministro Lavrov, mas estes são assuntos muito importantes, e já que vamos para lá, achamos que fazia sentido uma reunião com o presidente Putin", afirmou a porta-voz.
Após visitar Sochi, Kerry viajará à cidade turca de Antalya para participar na quarta-feira em reunião informal dos ministros de Relações Exteriores dos países da Otan.
Na quarta-feira pela noite, Kerry voltará a Washington para participar da cúpula com líderes do Golfo Pérsico organizada pela Casa Branca. No sábado chegará a Pequim (China) para ir depois a Seul (Coreia do Sul) no domingo.