Islamismo: Departamento de Estado aumentará sua presença no Facebook, Twitter e YouTube (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 12h17.
Washington - O Departamento de Estado dos Estados Unidos iniciou nesta quarta-feira um programa piloto nas redes sociais, para que os jovens de língua inglesa com vínculos com o Oriente Médio não se deixem atrair pelo islamismo radical.
A campanha é dirigida pelo Centro Estratégico de Comunicações de Contraterrorismo do Departamento de Estado e tem como objetivo dificultar o uso da internet por parte de organizações terroristas para recrutar jovens de língua inglesa e imigrantes residentes no Ocidente.
O Departamento de Estado aumentará sua presença no Facebook, Twitter e YouTube para lembrar que a violência contra inocentes e o terrorismo não são parte dos valores do islã.
Os membros desta campanha criaram o perfil no Twitter @ThinkAgain_DOS na qual lembram, por exemplo, a história de três jihadistas americanos que se uniram à milícia islamita Al-Shabaab, da Somália.
"Vieram pela Jihad e foram assassinados pelo Al-Shabaab", diz um dos comentários da conta no Twitter, com fotos dos americanos Omar Hammami e Burhan Hassan e do britânico Habib Ghani, mortos em desavenças internas entre as milícias somalis.
As mensagens dessa conta no Twitter repetem o mesmo lema: "Pense de novo, dê as costas para eles", em uma orientação para que os jovens rejeitem àqueles que tentam recrutar ocidentais para combater em organizações extremistas.
Essa nova estratégia vem como uma resposta depois que vários americanos, a maioria de famílias de imigrantes somalis e de países do Oriente Médio, viajaram nos últimos anos para as zonas em conflito para se juntar a grupos ligados à Al Qaeda.
Os dois autores do atentado em abril, durante a maratona de Boston, Tamerlan e Dzokhar Tsarnaev, se inspiraram em vídeos e textos em inglês de radicais na internet, além de manuais para a fabricação de bombas.
Até o momento, a campanha em inglês consiste em colocar mensagens nos sites utilizados para recrutar radicais e arrecadar dinheiro, mas não haverá participação em chats online como o Departamento de Estado já faz em outras experiências similares nas línguas árabe, urdu e somali.